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Macaco Experimentar

Macaco Experimentar

O que é O Macaco de Imitação?

Não é raro ser alvo da pergunta, "o teu blog é sobre o quê?". Também não são escassas as vezes em que não sei o que responder. A pergunta é mais complexa do que parece. Devo responder sobre o que tenho escrito até agora, ou sobre o que gostava de escrever no futuro? Devo dizer qual é o objetivo do blog? Não quero confundir ninguém.

Com O Macaco de Imitação pretendo mostrar que qualquer um pode aprender coisas novas, rapidamente, e que devemos estar sempre a crescer. Por isso, desafio-me e escrevo sobre essas experiências. Desafiei-me a aprender piano em 20 horas, a passar uma semana (168 horas) sem internet, a tirar fotos a todas as fases da lua, a fazer 30 dias de exercício, meditação e escrita e a ganhar 6 novos hábitos em 6 meses

Por outro lado, escrevo post do género "como fazer isto ou aquilo". Nesse sentido escrevi sobre quais os passos para ganhar um novo hábito, como meditar (para totós), quais os 20 (pequenos) passos para aprender qualquer coisa rapidamente ou como testares a tua personalidade.

Mas eu não invento estes temas, e desafios, do zero. A minha inspiração vem de vários blogs e livros. Por isso, escrevo também sobre o que vou aprendendo com eles. Gosto de ler sobre psicologia e produtividade e histórias de quem sonhou e alcançou. Também gosto de ler histórias de ficção e ficção científica. E vou partilhando alguns posts sobre os meus livros favoritos.

Em bom rigor, a pergunta "O que é O Macaco de Imitação?" não se pode separar de outra - "Quem é O Macaco de Imitação?". O que é é um reflexo de quem o faz. Por essa razão, os artigos por vezes fogem do "principal" – dos desafios, dos artigos nos quais mostro como se faz qualquer coisa e dos livros de onde tiro a inspiração para os meus posts. Nessas alturas o blog torna-se num diário – desabafo sobre o que faço, sobre o que vejo e sobre o que sinto. Escrevo sobre surf, sobre crises, sobre as injustiças deste mundo e ponho em perspetiva os meus (ou nossos) problemas do dia-a-dia.

Mas O Macaco não vive só no meu portátil e nestas linhas que escrevo. O Macaco sou eu, e por isso acompanha-me naquilo que eu mais gosto de fazer – viajar. N'O Macaco de Imitação vou escrevendo sobre as minhas viagens - à Turquia, aos Bálticos, à Itália. Quando chego, percebo a beleza do nosso país e também não deixo de o partilhar.

O Macaco de Imitação também não se fecha, e sempre que possível partilha projetos e pessoas interessantes, que ousaram fazer mais e melhor. Espero no futuro ter mais destes artigos – trazer mais pessoas, com outras experiências, outros desafios, outras perspectivas.

Concluindo, O Macaco de Imitação não é diferente da pessoa que o escreve. Não se limita a viver um e um só tema e se esquece do que está à sua volta. É, principalmente, sobre desafios e sobre como crescer, sempre. Mas, noutras alturas, é sobre a vida, sobre viagens e sobre outros projetos.

Para mim, autor, O Macaco de Imitação é também uma desculpa, e uma motivação, para estar sempre a estudar, para começar novos desafios e ganhar novos hábitos. Organiza-me os pensamentos e nele partilho, com outros curiosos, estas experiências que me têm feito crescer. 

Espero que, com este post, tenha respondido à questão inicial. Se não, não faltaram artigos que me justifiquem.

Conhece a página do Facebook d'O Macaco de Imitação.

Um artigo de cada tema:

3 meses e 3 hábitos

O Macaco de Imitação é sobre aprender coisas novas e sobre aceitar (e concluir) novos desafios. Já partilhei aqui as minhas experiências sobre aprender piano em 20 horas, aprender malabarismo, estar uma semana (168 horas) sem internet e fazer exercício, meditar e escrever durante 30 dias.

Em fevereiro tive outra ideia – ganhar 6 novos hábitos nos próximos 6 meses. Inspirado pela falta de resultados das resoluções de novo ano, decidi tentar ganhar hábitos mais lentamente, um de cada vez, para garantir que teria sucesso e que seriam hábitos de longa duração. Já estou no 4º hábito deste desafio.

Há ainda hábitos mais importantes que outros - aqueles que facilitam o ganho de outros hábitos. Por exemplo, se eu faço exercício regularmente, é mais fácil começar a comer melhor. Esses hábitos-chave devem ser os primeiros a trabalhar. Fazer as coisas mais lentamente e focar em hábitos-chave foram as "teorias" que eu inclui neste grande desafio.


Ciclo do hábito: deixa, rotina e recompensa. Imagem retirada do livro A Força do Hábito, de Charles Duhigg. Sugiro a leitura de um artigo passado sobre como ganhar ou quebrar um hábito.

Hábito 1 - Concentração

No primeiro mês dediquei-me a aumentar a concentração. Estive um mês a "aprender" a depender menos das redes sociais, emails e notícias. Além disso eliminei quase por completo um hábito muito estúpido que é partilhado pelo povo - mexer continuamente no telemóvel enquanto estamos com amigos no café. 

No final do mês sentia-me mais concentrado no trabalho, no lazer, ou em qualquer coisa que estivesse a fazer. E por depender menos de gostos, comentários, visualizações e afins, consegui diminuir a ansiedade que sentia há algum tempo

Foi um hábito importante para conseguir fazer mais em menos tempo e com menos stress. Ajudou-me bastante no ganho dos hábitos seguintes.

Esta é a minha ideia da malta que não se desconcentra com redes sociais, notícias ou emails, e faz aquilo que tem a fazer. Foto de pixabay.com

Hábito 2 - Organização

Dediquei o 2º hábito a aprender a "fazer mais e pensar menos". Na prática, defini um método para não me esquecer das coisas importantes, para não pensar tanto e não deixar coisas na cabeça, definir objetivos mensais, semanais e diários, e garantir que as coisas importantes são feitas. Não consigo deixar de realçar a importância deste hábito e sugiro a leitura desse artigo onde explico com grande detalhe o que fiz durante este mês. 

É muito importante definir objetivos para garantir que estamos a trabalhar, ou a dedicar o nosso tempo livre, às coisas certas. Sem objetivos e sem tracking daquilo que temos de fazer, e quando o temos de fazer, andamos à deriva. E se durante o dia estamos continuamente a pensar em tudo o que temos para fazer, facilmente nos desconcentramos da tarefa em curso. É importante resolver isso para ter um dia-a-dia com menos ansiedade e focado naquilo que interessa.

O cérebro do não-procrastinador. Imagem tirada do meu blog favorito, WaitButWhy.

Hábito 3 - Meditação

O 3º hábito dos 6 meses e 6 hábitos, meditação, trabalhou nos campos da concentração e gestão de stress. Esta foi, talvez, a minha 7ª tentativa para começar este hábito, mas parece que desta vez está ganho. Parece fácil estar sentado e não fazer nada durante 5 ou 10 minutos. Mas sem a preparação e motivação certas, qualquer um desconcentra-se e vai deixando passar alguns dias sem meditar.

Meditar tem vindo a revelar-se, por diversos estudos, como um dos melhores hábitos para uma vida saudável e feliz. Aconselho a qualquer um experimentar 5 minutos de meditação por dia. No final deste mês e meio de meditação, sinto-me mais calmo e em controlo dos meus pensamentos. Não estou como as pessoas da primeira foto deste artigo, nem perto, mas até pequenas melhorias na corrente de pensamentos têm resultados muito positivos.

Foto tirada no topo da Serra de Monchique, no verão de 2013. Por razão desconhecida, o terreno tinha centenas destas "construções" de pedra ao qual associamos a meditação e budismo (sinceramente, não conheço a ligação, mas deve ser uma metáfora ao equilíbrio da alma ou assim). Já nesta altura pensava em começar a meditar.

Próximos hábitos

Há que realçar uma coisa – eu continuo a praticar estes hábitos que escrevi acima. Estes hábitos não são desafios de 30 dias, que ao final do mês são esquecidos. O objetivo deste grande desafio é, ao final de 6 meses, ter um leque de 6 novos hábitos que, potencialmente, servem para ter uma vida mais feliz, saudável e focada naquilo que realmente interessa.

Já comecei a fazer o 4º hábito – exercício físico regular. Nos próximos 30 dias quero fazer desporto, pelo menos, 3 vezes por semana, seja esse surf, corrida, ténis, ou mesmo andar de skate. O que importa é fazer desporto regularmente.

Se estás interessado nesta série de hábitos, convido-te a seguir o resto dos "6 meses e 6 hábitos". Convido-te também a partilhar as tuas experiências nos comentários e a enviar um email para O Macaco (omacacodeimitacao@gmail.com) sobre estes e outros assuntos. Até um próximo hábito.

Conhece a página do Facebook d'O Macaco de Imitação.

Artigos relacionados:

Meditação para totós

Este post foi originalmente publicado em Março de 2015. Na altura tentei ganhar o hábito da meditação, mas sem sucesso. Agora, depois do desafio de 30 dias "Corpo e Mente", que incluiu a prática de meditação, atualizo este artigo com novas informações.

Nunca deixamos de pensar. Estamos sempre a pensar em alguma coisa. Naquilo que acabámos de fazer e naquilo que vamos fazer de seguida. Pensamos sobre os problemas do passado e naquilo que queremos para o futuro. Todos somos assim. Mas, por vezes, esta corrente de pensamentos é estafante, e acabamos por nos concentrar em coisas que não interessam para a nossa vida. Foi por isso que decidi começar a meditar.

Rafiki a meditar na posição de Lotus. Imagem retirada de https://relaxdontpanic.files.wordpress.com
Sem rodeios, começo por apresentar o método que, através das minhas pesquisas, considero ser o mais simples e eficaz para uma boa meditação. No entanto, o resto do post é importante para saberes mais sobre este tema e, por isso, convido-te a lê-lo até ao fim. Dito isto, aqui fica o método:

Método que eu uso para meditar:

  1. Beber um copo de água. Faz-me sentir mais acordado e preparado para a meditação.
  2. Esticar os músculos.
  3. Sentar em cima de uma almofada na posição de half-lotus (explicação mais abaixo). Colocar outra almofada debaixo do joelho da perna que fica por cima para garantir uma boa base de suporte. Trocar de perna todos os dias. Garantir costas direitas e peito ligeiramente para fora.
  4. Ligar o despertador (10 minutos).
  5. Absorver os sons do meio-ambiente.
  6. Fazer 3 ou 4 inspirações longas para começar a meditação. Respirar pelo nariz.
  7. Inspiração normal com foco no movimento ascendente e descendente das narinas (resultado da respiração).
  8. Ao pensar em alguma coisa, consciencializar que este pensamento está presente e trazer a atenção de volta para a respiração.
  9. Quando o despertador tocar, trazer a atenção novamente para os sons do meio-ambiente.
  10. Levantar e esticar os músculos.

O hábito de meditação

Para garantir que continuamos, todos os dias, a meditar, é importante ter uma rotina. A duração da sessão de meditação vai depender muito de cada pessoa. O ideal para iniciantes (como eu) é uma prática de 5 a 15 minutos por dia. E no início é difícil manter a concentração na respiração, mas há medida que nos habituamos, vamos conseguir mantê-la durante mais tempo e meditar 30 minutos ou mais por dia. 

O local de meditação deve ser confortável e agradável, e devemos garantir que não somos interrompidos enquanto meditamos. Para garantir um hábito duradouro, aconselho a prática de meditação todos os dias, no mesmo local, com a mesma rotina, à mesma hora do dia. Podemos adquirir uma rotina em apenas 21 dias. Se estiveres interessado neste tema, aconselho a leitura do livro "A Força do Hábito" de Charles Duhigg. Ou então lê este resumo que fiz sobre ele.

Benefícios da Meditação

Segundo a literatura, uma prática regular deste exercício tem vários benefícios. Aumenta a concentração, diminui o stress, diminui a tensão arterial, aumenta o nível geral de felicidade, e acalma e reduz a velocidade dos pensamentos. Qualquer ferramenta que nos ajude a relaxar e re-pensar os "problemas" do dia-a-dia, traz grandes vantagens para a nossa vida.

Tipos de meditação

Há vários tipos de meditação. Esse seria um post só por si. Escolhi não entrar muito nesse tema. Indico no entanto este, este e este link que são muito bons para perceber os vários tipos de meditação e os objetivos da prática de cada um deles. Uns focam-se no aumento da concentração, outros estimulam a reflexão sobre um determinado assunto e há tipos de meditação guiados.

Pela sua simplicidade, fiquei interessado em mindfulness meditation, em particular a prática de breath meditation, ou Anapanasati. Anapana significa inspiração e expiração, e Sati significa atenção deliberada. Este tipo de meditação envolve a concentração total na respiração e é especialmente indicado para a diminuição de stress. Mindfulness é simplesmente viver o presente, estando consciente do que fazemos num dado momento. O método que apresentei acima, que é muito simples, está incluído neste tipo de meditação.

A importância da respiração e da postura

A respiração deverá ser feita pelo nariz, a um ritmo natural. Devemos concentrar a nossa mente no movimento ascendente e descendente de uma parte do corpo enquanto respiramos, como a barriga ou o peito. Mais simples e eficaz é a concentração no movimento das narinas. É normal a mente vaguear, e pensarmos em outras coisas enquanto estamos a meditar, mas não devemos lutar contra esses pensamentos. Devemos apenas consciencializar que estes estão presentes e não "conversar" com eles, trazendo a atenção novamente para a respiração. Por exemplo, se estivermos a pensar no que vamos comer ao almoço, pensemos "estou a pensar no que vou comer ao almoço", e de seguida trazemos a atenção novamente para a respiração.

A maneira como estamos sentados também é um dos pilares da meditação. Provavelmente já ouviste falar da posição de Lotus, em que colocas uma perna por cima da outra, tal como na imagem que vês abaixo. Não te preocupes, não tens de fazer esta posição para meditar corretamente. Há pessoas que a conseguem fazer naturalmente porque têm mais elasticidade, mas não é por isso que são melhores "meditadores". Eu tenho meditado na posição de half-lotus (metade de Lotus) porque fico confortável nessa posição. Com o tempo irei experimentar mais vezes a posição de Lotus. Mas é importante não forçar qualquer posição porque podemos estar a comprometer a estrutura da coluna e a lesionar os joelhos. Aconselho esta leitura sobre as posições que conferem melhor suporte e estabilidade da coluna para a meditação. Em qualquer uma delas, é importante manter a coluna direita, mas não em excesso, e estar relaxado. Para respirar bem, o peito deverá estar ligeiramente para fora para abrir os pulmões.
Posição Lotus. Imagem retirada de http://www.dummies.com/
Podemos até estar sentados numa cadeira, tal como podes ver pela imagem abaixo. O importante é ter uma boa base de apoio e ter as costas direitas, para que cada vértebra encaixe verticalmente na que está abaixo, tornando o conjunto estável. Para isso é importante ter os joelhos como base de apoio. Por exemplo, agora que estou a começar com a posição half-lotus, o joelho da perna que coloco por cima não toca no chão. É importante contornar isso colocando uma almofada por baixo da perna para que fique com a base de apoio assegurada. Se não estivermos confortáveis, vamos pensar sobre isso e a meditação não será eficaz. Deitar na cama ou no chão não é uma boa solução porque há uma grande probabilidade de relaxarmos em demasia e adormecer.
Imagem retirada de http://www.dummies.com/

É possível meditar com barulho

Devemos evitar confusões durante a meditação e procurar um lugar tranquilo, onde não sejamos incomodados. De qualquer maneira, caso não haja outra opção, é possível meditar em sítios mais barulhentos.

Encontrei muita informação sobre este tópico online, porque é um problema recorrente. Aconselho a leitura deste artigo. A técnica mais usada para combater o barulho de fundo é começar a sessão de meditação pela concentração, sem julgamento, do barulho de fundo. Tirar uns minutos para ouvir conscientemente, sem racionalizar, esses barulhos até ficar confortável nesse ambiente. De seguida, começar a prática da meditação. Pode também ser eficaz ouvir white noise para barrar todos esses sons desconfortáveis.

Livros sobre meditação

Como disse num post anterior, é importante ter material para ir lendo enquanto desenvolvemos uma nova prática. Sugiro então 5 livros (e um site) sobre meditação e assuntos relacionados:
Aconselho também a leitura deste artigo. Nesse, Bradley Morris explica a dificuldade que passou enquanto iniciante na arte da meditação. Para ele era complicado concentrar-se, nem que fosse por 5 minutos. Achava também a prática muito aborrecida. No entanto decidiu manter esse hábito porque conhecia os seus benefícios, e hoje em dia escreve e ensina meditação. O desenvolvimento deste hábito ajudou-o a viver uma vida mais feliz, a ser um melhor empreendedor, a melhorar a sua saúde e a ser mais criativo. 

Espero que este post te ajude a começar a meditar. Por último, partilho uma frase interessante do livro Wherever You Go, There You Are. Não a vou traduzir porque, na minha opinião, iria "matar" a magia desta frase.

Meditation is not about feeling a certain way, it's about feeling the way you feel. Meditation is about letting the mind be as it is and knowing something about how it is in this moment. It's not about getting somewhere else, but about allowing yourself to be where you already are.

Série "Piano", Horas 2 a 7 - Construir a base!

Que grande semana para aprender! Desde o primeiro post desta série passei 6 horas a treinar piano e sinto que avancei bastante e já sei a teoria básica para conseguir aprender a maior parte das músicas. Já sou um Beethoven? Não. Mas já consigo tocar de forma rudimentar algumas músicas que também toco na guitarra

Antes de tudo, se estiveres a pensar fazer o mesmo tipo de desafio de 20 horas, é importante que as distribuas ao longo do tempo, por exemplo, 1 hora por dia durante 20 dias ou, se tirares os fins-de-semana, 1 mês. Isto é crucial para que tenhas tempo para solidificar os conhecimentos. Se conseguires treinar essa hora antes de dormir (o que é difícil neste caso porque não queres acordar o prédio!) é ainda melhor, porque durante o sono solidificas ainda mais aquilo que aprendeste.

Se quiseres também aprender piano sugiro mesmo que sigas as aulas do ZebraKeys, estão espectaculares! Fiz questão de escrever sobre truques que descobri para facilitar a aprendizagem e que eles não sugerem à partida.

Se não leste o 1º post, do que estás à espera? Caso contrário deixa-me explicar-te o processo desta semana.

2ª hora de treino

Durante esta hora segui as primeiras 7 aulas do Zebrakeys. Antes de mais, aprendi onde estão as notas no piano, os famosos Dó (C), Ré (D), Mi (E), Fá (F), Sol (G), Lá (A) e Si (B). Aconselho vivamente que aprendas as suas designações em inglês, porque é assim que as notas e acordes vão aparecer em todo o lado.

Disposição das notas no teclado.
Como podes ver pela foto, as notas seguem a ordem C,D,E,F,G,A,B. Estas notas estão sempre na posição acima e vão-se repetindo ao longo do teclado. Sugestão: escreve as notas no teclado com um lápis ou uma caneta de acetato, vai facilitar a tua vida!

Nestas lições aprendi também a definição de nota # (sustenido ou "sharp") e b (bemol ou "flat"). Estas são as teclas pretas ao lado das notas principais. # significa que é a tecla preta que está à frente e b atrás. Por exemplo, não existe no teclado E# e Fb.
Pauta dividida em measures ou bars e bar lines. Imagem retirada de http://www.guitarforanyone.com/.
Localização das notas numa pauta. A primeira tem a clave de Sol no princípio e indica o local da pauta onde o Sol está representado. A pauta de baixo tem no princípio a clave de Fá e indica o local dessa nota. Imagem retirada de http://musicaeadoracao.com.br/
E há vários tipos de notas que podem aparecer numa pauta, porque estas podem variar quanto ao tempo que devem ser tocadas.


A medição do tempo em cada measure. O 4 do topo na esquerda significa que a measure tem 4 beats e o 4 de baixo indica que um quarto de nota representa um beat, portanto essa measure aceita 4 quarter notes, ou 2 half-notes, ou 1 whole-note...Imagem retirada aqui.
Em baixo tenho a lista de todos os tipos de nota:

Tipo e duração das notas.
No final desta aula aprendi ainda duas músicas básicas, daquelas que são uma seca gigante, ahah! Com o final desta aula fiquei a saber todas as notas no teclado e como ler pautas. Tudo isto com apenas 1 hora. Porreiro!

3ª hora de treino

Nesta hora de treino, segui as aulas 8, 9 e 10 do ZebraKeys e aprendi os acordes maiores.

Existem 12 acordes maiores (major chords), 1 para cada tecla. Estes acordes são compostos por 3 notas, ou 3 teclas. A primeira é sempre a nota correspondente ao acorde que queremos. Por exemplo, se queremos tocar o acorde maior C, ou Dó, colocamos o dedo mindinho na nota C, o dedo do meio na nota E e o dedo grande na nota G.

Existe algum padrão para tocar estes acordes? Claro que sim! Descobri uma regra para tocar qualquer acorde maior! A primeira nota é sempre aquela correspondente ao acorde que queremos. A segunda tecla obtêm-se com 3 teclas de separação da primeira, e a terceira tecla com 2 teclas de separação da segunda. Fácil! É sempre a mesma regra, assim não tens de decorar os acordes, podes sempre descobrir. Podes comprovar a regra com a imagem em baixo:
Acordes maiores. Repara bem na regra: 1ª nota, 3 teclas de separação, 2ª nota, 2 teclas de separação, 3ª nota. Sempre! Imagem retirada de http://gospelshoutingmusic.com/.
E para fazer uma escala? Há regra? Sim! Tocamos a 1ª nota da escala (que pode começar em qualquer nota), depois deixamos 1 tecla de intervalo e tocamos a 2ª nota, outra tecla de intervalo e tocamos a 3ª nota, a 4ª nota é logo a tecla seguinte, novamente 1 tecla de intervalo para a 5ª nota, o mesmo para a 6ª nota, idem para a 7ª nota e depois a tecla seguinte é a 8ª nota da escala (mesma nota que a 1ª, uma oitava acima). A escala mais simples é a do C, que é só composta por teclas brancas e bate tudo certo. Fica as notas: C,D,E,F,G,A,B,C.
Escala começada em D. Reparem na regra! Imagem retirada de http://www.flstudiouser.com/.
Na aula 10 aprendi que existem os acordes primários I, IV e V para cada nota. O acorde primário I é o acorde maior dessa nota. O IV é o acorde que começa na 4ª nota da escala dessa nota, e o V é o acorde que começa na 5ª nota da escala. O exemplo mais simples corresponde à escala de C, dos quais temos os acordes C, F (que começa na 4º nota da escala de C) e G (que começa na 5ª nota da escala de C).


No Zebrakeys é indicado que com estes 3 acordes (C, F e G) se podem tocar muitas músicas populares. Vamos esperar para ver, ahah. O resto da hora foi passada a testar umas músicas e a brincar com os acordes.

4ª e 5ª horas de treino

Como passei 1 dia sem treinar, hoje pratiquei 2 horas fortíssimas, estudando das aulas 11 à 16 do ZebraKeys, que foram um pouco mais teóricas mas que valeram a pena porque aprendi mais sobre acordes e escalas.

Na aula 11 aprendi o 12 bars blues chords progression. Esta é uma progressão de acordes para blues e a base de muitas musicas rock e pop. Envolve os primary major chords (I, IV e V) da nota escolhida e são tocados assim:
    4 Primeiras measures/bars: I, I, I, I
    Segundas: IV, IV, I, I
    Terceiras: V, IV, I, I

    Depois filosofou-se que as músicas podem ser tocadas em uma de 12 notas. Eles dizem que se pode identificar pela última nota ou acorde tocado na música. Talvez...Este tipo de coisas pode ser interessante mas apenas para uma fase mais avançada.

    Aprendi a designação das notas na escala maior:

    I_________Root_________Tonic

    II________Second_______Supertonic

    III_______Third________Mediant

    IV________Fourth_______Subdominant

    V_________Fifth________Dominant

    VI________Sixth________Submediant

    VII_______Seventh______Subtonic or Leading Tone

    A aula 14 foi sobre os intervalos entre as notas. Fala de half steps, intervalo entre 2 notas que não têm notas no meio e whole steps que têm uma nota de intervalo. Normalmente os half steps são entre uma tecla preta e uma branca excepto a passagem B-C e E-F. Uma passagem do tipo C-C é uma oitava. O resto da aula foi confusa. Como estou aqui para aprender os básicos decidi não dar atenção ao resto e voltar se necessário.

    A aula 15 foi a senhora doutora aula! Aqui aprendi os acordes menores! Por exemplo, se seguirmos a escala de C temos os seguintes acordes:
    Acordes na escala de C. Imagem retirada de http://www.harmonisphere.com/.
    Por exemplo, a escala maior de acordes que começa em C, segue a escala de C maior, portanto todos os acordes começam nas teclas brancas e também têm sempre o mesmo aspecto. Tocam-se sempre nas teclas brancas (sempre com uma de intervalo). Assim temos os acordes I (C), ii (Dm), iii (Em), IV (F), V(G), vi (Am) e viiº (Bº). 

    Ó macaco, existe uma regra para tocar acordes menores?! Eu acredito que sim! Se quiseres tocar um acorde maior fazes daquela maneira que já expliquei. Primeiro dedo na nota correspondente ao acorde, segundo dedo com 3 teclas de intervalo e o último dedo com outras 2 teclas de intervalo. Para tocar um acorde menor, trocar as voltas. Primeiro dedo na nota principal, 2ª nota com 2 teclas de intervalo e 3ª nota com 3 teclas de intervalo. Para tocar um acorde diminished, fazer 2 notas de intervalo entre cada dedo. Parece-me uma regra fácil. Com estas regras consegues tocar qualquer acorde maior, menor ou diminished sem precisares de decorar algum deles!

    Decidi testar os acordes em músicas fáceis de guitarra e consegui! Este é um grande passo! Já me consigo divertir tocando umas músicas desta maneira mais simples. Já é um começo, ahah.

    Mas como fiz isto? Fui ao banco de tabs de guitarra no UltimateGuitar e pesquisei músicas simples como a One Day do Matisyahu que tem apenas os acordes C, G, Am e F que já aprendemos e comecei a experimentar no piano!

    Na aula 16 aprendi o Circle of Fifths que é interessante pois mostra os primary chords para qualquer nota:

    Os acordes à direita e esquerda de qualquer acordes são os seus acordes primários (primary chords).

      6ª hora de treino

      Nesta hora acabei as aulas de principiantes do ZebraKeys. Aprendi maneiras de tornar os acordes mais engraçados.

      Das coisas mais interessantes foi aprender os chords inversion. Ou seja, podemos tocar acordes de 3 notas de 3 maneiras distintas. Primeiro temos a que já conhecemos, com o primeiro dedo na nota correspondente ao acorde que queremos tocar. Depois temos o 1st inversion em que movemos o primeiro dedo 1 oitava para cima e a 2nd inversion onde movemos os dois primeiros dedos uma oitava para cima.
      Acorde maior de C e as suas inversões. Podemos tocar os acordes de diferentes maneiras para facilitar e suavizar a transição entre acordes. Imagem retirada de http://www.piano-play-it.com/.
      Para tornar a melodia mais engraçada também pode ser usado o Broken Chord Pattern: toca-se primeiro a 1ª nota do acorde e por fim as duas últimas. Temos também o Arppegio chord pattern: toca-se o acorde uma nota de cada vez, nesta sucessao: 1ª nota, 2ª nota, 3ª nota e 2ª nota. Usei este tipo de construção mais à frente para aprender uma música.

      Na aula 21 aprendi a escala pentatonica (que usa apenas as teclas pretas) e é impressionante. As músicas ficam sempre bem com qualquer combinação de notas nesta escala. Tem aqui o som para conferires:


      Na aula 22 aprendi a whole tone scale, uma escala de 6 notas apenas, em que a separação entre elas é exactamente 1 tom, ou seja, separadas entre um tecla cada uma, o que faz com que as notas sejam a C,D,E e as 3 teclas pretas à frente.

      Depois desta faze de principiante está na altura de aprender umas músicas! Voltei ao site que tinha identificado no 1º post onde encontrei algumas músicas supostamente fáceis de tocar!

      Escolhi começar a aprender a música "Someone Like You" da Adele! Pareceu-me a mais interessante dentro deste leque. No vídeo abaixo tem a explicação de como tocar as 4 partes distintas da música:



      Sobrou pouco tempo nesta hora para aprender a música e fiquei apenas pelo intro e verso em que se usa a mesma sequência. Esta música envolve grande ginástica dos dedos com a mão esquerda porque toca a mesma nota em 2 oitavas diferentes, o que estica a minha pequena mão ao máximo. A mão direita toca Arpeggio, aquele pattern que já descrevi em cima.

      7ª hora de treino

      Durante esta hora voltei a treinar o "Someone Like You" da Adele. Sinceramente está um bocado complicado mas acho que estou a aprender muito. Já consegui absorver mais um pedaço da musica. Estou a metade!´

      Esta semana passou a correr mas sinto que com apenas 7 horas de treino já avancei bastante. Conheço agora os fundamentos teóricos básicos, sei as notas no teclados, acordes maiores e menores, já treinei algumas músicas básicas, consigo acompanhar as tabs de guitarra com os acordes que aprendi no piano (de forma rudimentar mas divertida) e estou já a treinar uma música mais top.

      Talvez tenha dado um salto muito grande quando decidi aprender esta música da Adele pois é complicada e vai-me consumir muitas horas de treino. Encontrei umas músicas mais simples mas igualmente porreiras no YouTube que acho que compensa explorar para a próxima semana. Mas isso logo se vê.

      Continuarei nesta aventura de 20 horas durante a próxima semana. Até lá! 

      Segue para o 3º post desta série aqui.

      Conhece a página do Facebook d'O Macaco de Imitação.

      Série "Piano", Hora 1 - Preparação

      No 1º post do "O Macaco de Imitação" falei na ideia de começar projetos de 20 horas (inspirado pelo livro do Josh Kaufman que ainda não li! Ahah). Segundo esse senhor, é possível ser razoavelmente bom em qualquer coisa em apenas 20 horas. É um dos objetivos deste blog testar essa teoria.

      Primeiro que tudo, para aprender qualquer coisa nova é preciso ter um objetivo. Decidi para primeiro desafio aprender a tocar piano porque adoro música, tenho um piano a ganhar pó no quarto, já toco guitarra há uns anos e por isso acho que vou ter mais facilidade para aprender um novo instrumento e, mais que tudo, quero tocar sons do Chet Faker!! Ahah

      Por onde começar esta aventura? Investir a primeira hora a fazer um plano de estudos e a pesquisar material de qualidade online que me ajude a cumprir os objetivos. No final deste desafio gostava de saber tocar uma música mesmo bacana, nada daquelas músicas chatas que alguém aprende quando começa a tocar piano.

      A minha máquina de fazer música!

      Objetivos:

      Segundo a minha pesquisa e os meus objetivos, as peças fundamentais a dominar nestas 20 horas são:
      1. Conhecer o teclado. Saber quais as notas de cada tecla e aprender os acordes.
      2. Aprender a ler tablaturas. Se o souber, posso pesquisar tabs online e depois treinar as músicas sozinho, tal como faço na guitarra.
      3. Treinar algumas músicas fáceis apenas o suficiente para aprender a coordenar as mãos direita e esquerda.
      4. Aprender uma ou mais músicas muito top, mas relativamente fáceis de tocar.

      Material online:

      Encontrei muito material online e felizmente encontrei algumas coisas grátis:
      • ZebraKeys - Este website parece estar muito bom. Neste link tem 50 lições completamente grátis para aprender a tocar piano. É por aqui que vou começar.
      • Canal Lypur - Neste canal do youtube há também várias lições de piano. Mas parece-me que o senhor apalhaça muito nos vídeos e faz-nos perder tempo precioso.
      • http://lacefieldmusic.com/learn-popular-songs/ - Várias músicas fixes e relativamente fáceis de tocar.
      E o plano não é mais do que isto. Hoje já fiz a primeira hora de treino, seguindo as lições do ZebraKeys e tenho-vos a dizer que foi muito produtiva. Mas sobre isso no próximo post! Até lá!

      PS: Chet Faker!


      Segue para a 2ª parte desta série aqui.

      Olá Mundo

      Tipicamente, quando se começa a aprender a programar, o primeiro script serve para imprimir a famosa mensagem "Hello World". Numas linguagens é mais fácil escrever que outras. Temos o simpático Python e o Java que é o seu primo mais chato.

      Isto aqui não é programar, não te preocupes. É escrever. Aqui é facil, é só escrever "Olá Mundo". E hoje podemos escrever mais, sobre o que é "O Macaco de Imitação". Ainda não é nada, é uma ideia, é um projeto que nasce de querer aprender mais, de querer partilhar, com quem estiver a ler, o gosto por tudo, por viajar, pelo conhecimento e ocasionalmente sobre coisas tão variadas como o Surf e livros engraçados.

      O meu background é em Engenharia mas sempre gostei de tudo um pouco, por isso tirei Engenharia Biomédica, o curso que mais tudo é e que no entanto não chega a ser suficiente de alguma coisa. Nele aprendi coisas variadas como biologia e electrónica, ciências médicas e mecânica, química e informática. Mas 
      é disso que eu gosto, de variedade, pois considero que se souber de tudo um pouco, vou conseguir perceber melhor o mundo e criar coisas diferentes, criando pontes entre vários ramos do conhecimento. 

      "O Macaco de Imitação" é um espaço onde eu vou explorar a aprendizagem. Pretendo começar vários projetos mensais onde me comprometo a aprender qualquer coisa. Num mês isso poderá ser cozinhar (a nível top claro! ahah), aprender a fazer cerveja, yoga, aprender a ler as estrelas...e com isso irei partilhar aquilo que aprendi e desmistificar as famosas 10.000 horas para aprender qualquer coisa, que na verdade são 10.000 horas para se ser um expert em determinado campo. Mas muitas vezes não é isto que queremos, queremos apenas ser bons a fazer alguma coisa e isso podemos alcançar em tão pouco como 20 horas (tal como Josh Kaufman afirma).

      Não acreditas?! Continua a seguir "O Macaco de Imitação".

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