Antes deste desabafo, tenho que te confessar uma coisa. Este post não é para ti! Desculpa. Mas se estás aqui, é porque gostas de ler. Mas como leitor, tens amigos que não o fazem - muuuitos amigos. Como é que te dás com esse tipo de gente? Difícil não é? Bom, ajuda-me nesta luta. Lê este post e, se gostares, partilha com os teus amigos não leitores. Se não gostares, não partilhes - não lhes queres dar mais uma desculpa para continuar a não ler.
Ler é uma seca
"Os Maias" e "O Memorial do Convento" são uma seca (peço desculpa aos ofendidos, mas neste blog quem escreve sou eu). O segundo, de Saramago, é muito difícil de ler, especialmente para quem tem 17 anos. Mas são estes os livros que nos apresentam na escola, quando ainda estamos a perceber aquilo que gostamos e não gostamos de fazer. Será por isso que há tantos não-leitores? Talvez...
Saramago não é uma seca. Com o tempo dei outra oportunidade ao prémio nobel português, e agora é o meu autor nacional favorito. Este livro, "As Intermitências da Morte" é super interessante e hilariante. E se a morte deixasse de trabalhar? E se as pessoas não morressem? É um bom começo à obra de Saramago.
Que obras devíamos estudar na escola? É um assunto delicado. Por um lado é importante estudar a nossa extensa cultura literária. Mas por outro, não seria interessante ensinar os nossos alunos a gostar de ler e a ler muito? Esse é um dos hábitos mais importantes que podemos ter. Na escola, deviam dar-nos a oportunidade de (também) ler e estudar outros livros, mais "interessantes" para adolescentes nessas idades com interesses variados. Mas não exageremos, claro. Às tantas anda tudo a ler a Playboy ou o KamaSutra ou o "The Game". Nem 8 nem 80. Há professores que dão essa oportunidade e estimulam o gosto pelos livros. Deixam-nos ler o que queremos para depois apresentar esses livros ao resto da turma. Eu nunca tive essa sorte. Mas por outro lado tive a sorte de ter grandes leitores na família. Se ainda estás na escola, sugere esta ideia ao teu professor de português. Se ele te disser que tens de ler Saramago, fica feliz na mesma, porque podes sempre ler "As Intermitências da Morte" ou o "Ensaio sobre a Cegueira. E, se ele te deixar, lê qualquer coisa sobre futebol, ou surf, ou psicologia. E professores, ensinem Eça de Queiroz e Luís de Camões. É importante. Mas não se esqueçam do mais importante, meter esta gente a ler. Pá, nem que seja 2As 50 Sombras de Grey".
Prefiro ver o filme
Adoro bons filmes, sejam eles originais ou adaptações. Toda a experiência do cinema é espetacular - a sala cheia, o som, as boas cadeiras, as pipocas, a cabeça à nossa frente. E quando os filmes são mesmo bons, transportam-te para outra realidade, com efeitos especiais e lugares fantásticos. Não me consigo esquecer da experiência que foi ver o último Star Wars no dia de estreia. Os livros são outra coisa. Não pretendem competir com os filmes porque a experiência é diferente. E por isso não tens de escolher entre os livros e os filmes. Guarda espaço para os dois. Porque quando lês tens mais tempo para conhecer as personagens, que revelam uma maior profundidade quando comparadas com as mesmas personagens nos filmes. Porque é espetacular estar sentado no sofá, ou na esplanada a ouvir o mar, e a ler um bom livro. Porque há livros sobre tudo que nunca vão ser, nem podem ser, nem devem ser, filmes. E aqueles filmes adaptados de livros? Vê também, e lê o livro. Porque se o filme é muito bom, então imagina o livro. Não fazem filmes de livros fracos. E mesmo os filmes com 11 Óscares (O Senhor dos Anéis) têm por trás uma trilogia de livros épica. Por outro lado, sabes que os filmes não têm o "orçamento" que um livro tem - os efeitos, as personagens, a história sofrem porque não há dinheiro para os melhores atores, realizadores e para os tipos que fazem os planetas explodir. Nos livros o limite é a imaginação do autor e do leitor. Dizem os leitores das 50 Sombras de Grey que no filme nem uma pilita se vê. Eu não sei, nunca vi, nem li, mas de tanto falar nisso um dia tenho de os ler. Tirando algumas exceções, as adaptações perdem sempre qualidade e/ou conteúdo. Os livros do Game of Thrones, por exemplo, têm mais personagens e a história é mais profunda. A adaptação é má? Não! É a melhor série de sempre! E quem lê os livros ganha duas vezes. E há ainda aqui outra coisa que os filmes raramente acertam. Adaptações de livros escritos na primeira pessoa - quando o autor escreve "eu fiz", "eu vi", "eu sinto". Adoro este tipo de livros porque a experiência é muito pessoal. Em vez do autor descrever a história de uma personagem, temos acesso aos pensamentos e sentimentos e há experiência de quem vive a história. E passar esse tipo de experiência para um filme é muito difícil. Há bons exemplos? Sim. O "Perdido em Marte" (The Martian) está um livro e um filme incríveis. Há também maus exemplos? Sim. O "Comer Orar e Amar" e o "Livre" são livros muito interessantes, escritos na primeira pessoa, e o filme...beh.
Perdido em Marte. Uma das minhas leituras favoritas do ano passado. O filme também está muito bom. Consome os dois!
Mas esta discussão do "eu vejo o filme" nem faz sentido. Peço desculpa, deixei-me levar. Mas alguma vez vou aprender a fundo alguma coisa vendo um filme? Posso ter um shot de motivação, mas informação concreta sobre como viver bem? Isso não. E quantos livros têm um filme? Pouquíssimos. E há tanta coisa gira para ler, que esperar que se faça um filme disso, e depois o filme sair uma grande merda, é um desperdício.
"Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam! Não duro nem para metade da livraria! Deve haver certamente outras maneiras de uma pessoa se salvar, senão… estou perdido." - Almada Negreiros
Não tenho tempo para ler
Todos temos tempo para o Facebook, Instagram e Snapchat. Temos tempo para ver várias séries, ver notícias e ver televisão. Também arranjamos temos para pensar em problemas que nunca vão acontecer e ler emails "importantes". Temos tempo para tanto que para nada serve, e não temos tempo para ler? Por mais ocupada que seja a tua vida (e se estás a ler este blog não tens uma vida dessas) temos sempre tempo para ler. E também tens tempo para desperdiçar com coisas parvas. Eu tenho e faço-o. Mas também tenho tempo para ler. É ousadia minha dizer o que deves ou não fazer com o teu tempo. Mas ler, dizem os grandes, é um dos hábitos chave. Há que fazê-lo se queremos ser patrões e bosses. E quem não quer ser patrão ou boss?
Ok, já percebi. Mas porquê ler?
Chegámos ao busílis da questão. Se muito podemos fazer com o nosso tempo (sendo também verdade que desperdiçamos muito dele) porquê ler? Porque quando lês aprendes. E quando lês não estás à frente da televisão. E quando lês estás relaxado e estás na esplanada a beber um chá ou um café. Porque ao ler acumulas o conhecimento dos grandes desde à antiguidade. Porque ler é cool e quem não lê não é cool. E porque podes ler sobre tudo o que há no mundo. Sobre surf, meditação, história, ciência e como engatar gajas. Podes também ler bons livros de ficção e ficção científica. E podes ler biografias, que é como uma lição de como ser um gajo que vale a pena ter como amigo.
A biografia de Elon Musk. Um dos melhores livros que li na vida e uma grande fonte de inspiração.
Ler não é uma seca, porque há livros sobre tudo. E a menos que não gostes de fazer nada, vão haver livros para ti e tu vais adorar lê-los. E imagina o que é conhecer um pouco sobre várias coisas e poder conversar com outras pessoas sobre o que elas gostam de fazer. E imagina conhecer histórias que nem no cinema, com limitações financeiras, podem ser representadas. Imagina aprender novas capacidades e, por isso, viver à boss. Ler é isto tudo.
Estou motivado! Por onde começo?
Começa por um livro pequeno. Escolhe um livro de ficção, uma história engraçada, ou um livro de não ficção, sobre alguém ou alguma coisa, que aches interessante. E lê o primeiro capítulo. Se não gostares, escolhe outro. Agora dedica 20 ou 30 minutos do teu dia à leitura. Numa esplanada, na cama antes de dormir ou de manhã depois do pequeno-almoço. Até na casa de banho! Não interessa, escolhe um local confortável e começa a ler que nem um campeão. Se não sabes o que ler, pede sugestões aos teus amigos leitores. Revela-te como um tipo, ou tipa, que agora lê e merece respeito. Ou faz uma pesquisa e encomenda uns livros. Explora o goodreads.com (o Facebook do livros). E se lês em inglês, visita o bookdepository.uk porque tem os melhores preços. Mas isto para ti já é passado? Já lês há muito tempo? Então compra um Kobo e leva os teus livros digitais para qualquer lado. Ler nestes dispositivos é espetacular - podes ter livros muito baratos (ou de borla), são muito leves e práticos e, ao contrário dos tablets ou PCs, não fazem mal aos olhos (a tecnologia do ecrã é diferente do habitual e o ecrã parece uma folha de papel, nem faz reflexo!). E se estás assim tão à frente, e gostas de fazer anotações no teu Kobo, utiliza a minha aplicação, o KoboNotes. Quero também indicar-te também as minhas sugestões, que fui fazendo ao longo de vários posts:
Não te limites e lê sobre o que tu quiseres. Já não estás na escola. Mas, se tiveres, lê também o que tu quiseres e diz à tua professora para colocar o memorial do convento no **. (Agora a sério, não tenho nada contra o "Memorial do Convento". Eu adoro Saramago só que ainda não consegui ler esse livro. Um dia dou-lhe outra oportunidade).
Por último, comenta este post! Quero saber o que achaste das minhas sugestões e quais os teus livros favoritos. E lembra-te - como diziam os Gato Fedorento, quem lê é cool e quem não lê, não é cool - ou qualquer coisa do género.
Imagina uma vida sem preocupações. Vives em harmonia com o teu trabalho, com quem és e com as pessoas que mais gostas. Relaxas quando é para relaxar e trabalhas quando tens de trabalhar. Fazes aquilo que queres fazer e não desperdiças tempo com coisas, e pessoas, que não merecem. Ahhh, que bela vida! Fica com este pensamento. Agora espera só um momento enquanto vejo o terceiro episódio seguido de Narcos. Dizem que é neste que o Pablo é apanhado! Todos sabemos viver bem, não é? Por isso é que nos preocupamos com coisas de nada, fazemos listas de novo ano que não cumprimos e descarregamos nas pessoas que mais gostamos. Pelo menos aprendemos na Netflix que "Las mentiras son necesarias cuando la verdad es muy difícil de creer".
Tantos livros e tão pouco tempo para ler. Ou, melhor, precisava de uma imagem bonita para colocar como foto de apresentação deste post.
O engraçado é que todos sabemos as dicas para viver bem. Mas isso são coisas para ler no telemóvel à espera do autocarro. "Olha que engraçado, dizem que meditar faz bem à saúde. A partir de agora vou meditar todos os dias meia hora. Deixa-me só ver o que a malta anda a postar no Instagram". Um rápido disclaimer - eu não medito. Ora que cheguei à conclusão que todos os livros de auto-ajuda dizem a mesma coisa (no shit!), ainda que o autores achem que encontraram a fórmula para a felicidade. As dicas são boas, não me interpretes mal. E acho que o que eles fazem é reforçar a posição uns dos outros, para ver se nós (e eles) aprendemos de uma vez como viver. O truque é esse - ler e reler essas dicas uma série de vezes até aprender. Tal como aprendemos todos os anos, na escola, as mesmas coisas em inglês e nos perguntamos porque estamos a aprender outra vez aquela merda e depois percebemos anos mais tarde que falamos cada vez melhor esta língua e que agora conseguimos ler em inglês e que afinal aqueles professores que tanto desprezávamos e que provavelmente ficavam fodi*** da nossa impaciência afinal tinham razão. Por isso decidi compilar todas as notas que tirei dos livros de auto-ajuda, expremê-las, e fazer 3 posts (4 com este) sobre os grandes temas desses livros - como pensar, como trabalhar, e como interagir com os outros. Neste post introdutório, apresento esses 19 livros de auto-ajuda.
Um livro fascinante. Um dos 19. Imagem de goodreads.com
O objetivo desta série, pelo menos para mim, é que depois posso voltar aqui e ler e reler e reler e reler vezes sem conta aquilo que escrevi, para ver se de vez em quando aplico uma dessas dicas, e para ver se, gradualmente, aproximo o meu viver à vida de um super-herói empreendedor, com uma mente à la monge budista e com uma capacidade de falar com os outros que faz inveja ao Daniel Oliveira. Antes dos livros, queria falar sobre o termo "auto-ajuda". Detesto! Até fico com vergonha de ler livros com títulos como "Como fazer amigos e influenciar pessoas", ou "Como deixar de se preocupar e começar a viver". Mas à falta de um melhor termo...Como havia eu, e os outros, de lhes chamar? "Livros que ensinam coisas óbvias mas que o autor tem razão como o cara*** e não percebo como é que ainda gasto o meu tempo a ver televisão e não faço o que este gajo me diz?" Pois...Além disso, todos os livros ajudam-nos de alguma maneira, e muitos daqueles que apresento hoje, aqui, não estão nem de perto categorizados como sendo de "auto-ajuda".
Os livros:
Nota: Nem todos os livros têm tradução portuguesa. Aos que têm, apresento-lhes com esse título. Mas os que não têm, não merecem uma tradução fraca da minha parte. De qualquer maneira, os links seguintes redireccionam para o goodreads e aí os títulos estão todos em inglês. 1.10% Mais Feliz- Dan Harris: Na opinião deste autor, cético por natureza e profissão, a meditação torna-nos 10% mais felizes. Uma história engraçada, fascinante e muito terra-a-terra. 2. Guia de um Astronauta Para Viver Bem na Terra - Chris Hadfield: Este astronauta, relativamente famoso, ensina-nos a olhar para os pequenos momentos da vida e a trabalhar para atingir os nossos objetivos. 3.How To Be Idle - Tom Hodgkinson: A vida não é uma corrida. Lê, pinta e toca música. Bebe um chá, senta-te e ouve o barulho do mar.
4.Como Deixar de se Preocupar e Começar a Viver- Dale Carnegie: O clássico da auto-ajuda. Deixa-te de preocupações! 5. Learned Optimism- Martin E.P. Seligman: Quem é otimista tem mais sucesso em todas as áreas da vida. Este livro científico explica tudo sobre isso. 6. Making a Living Without a Job - Barbara Winter: É importante fazer aquilo que se gosta, e aqui fala-se muito de como construir um bom trabalho. 7.O Homem em Busca de um Sentido - Viktor E. Frankl: Todos procuramos significado na nossa vida e, se queremos motivação, este é um livro essecial. O autor esteve preso nos campos de concentração nazis e mostra-nos que, mesmo em situações traumáticas, é possível manter o foco. Lê este livro por favor! 8. Filosofia para a vida - Jules Evans: Dicas de vida com milhares de anos e um livro excelente para iniciar o estudo de algumas filosofias interessantes como o estoicismo. 9. 4 Horas por Semana - Tim Ferriss: O livro que, para mim, iniciou o interesse por psicologia e por crescer e aprender sempre mais. 10.As Quatro Verdades - Miguel Ruiz: Aqui aprendemos algumas dicas valiosas sobre falar e interagir melhor com as outras pessoas. 11.A Conquista da Felicidade- Jonathan Haidt: Todos temos um nível basal de felicidade, mas podemos fazer muito para melhorar a qualidade da nossa vida. Um livro científico, para aqueles que, tal como eu, não gostam de conversa de energias e vibrações cósmicas 12. O Monge que Vendeu o seu Ferrari - Robin Sharma: Outro clássico do mundo da auto-ajuda, desta vez misturando dicas valiosas com uma pequena história de ficção. Vais ler este livro num abrir e fechar de olhos. 13.O Poder do Agora - Eckhart Tolle: Este é o livro das energias e vibrações cósmicas. Tenho, por isso, mix feelings quanto a este famoso livro. Por um lado, ensina-nos a importância de viver no presente e como controlar a corrente negativa de pensamentos. Por outro, energias e vibrações... 14.The Renaissance Soul - Margaret Lobesntine: Os generalistas têm uma curiosidade gigante e múltiplos interesses. Esses não podem, nem devem, viver apenas para um trabalho/projeto. 15.The Righteous Mind: Why Good People are Divided by Politics and Religion- Jonathan Haidt: O único autor que aparece duas vezes nesta lista. Neste livro fala-se sobre o que é estar certo e errado, e como ver os pontos de vista dos outros. 16.Um Ano de Vida Bíblica - A. J. Jacobs: Este está longe de ser um livro de auto-ajuda. No entanto, é hilariante e o autor aprende coisas valiosas durante o seu ano bíblico. 17.Vagabonding: An Uncommon Guide to the Art of Long-Term World Travel - Rolf Potts: Viajar é essencial para conhecer a diferença, aceitá-la, e alagar a nossa zona de conforto. Este é um livro essencial sobre viagens. 18.Zen and the Art of Happiness - Chris Prentiss: Muitas dicas de como viver bem estão aqui presentes. Além disso, incluí, na minha opinião, a melhor frase, ou a melhor dica, de como viver bem e despreocupado. Não te vou estragar a surpresa. 19.Fooled by Randomness- Nassim Taleb: É, simplesmente, um livro que te ensina a pensar. Estão apresentados. Nas próximas semanas publico os restantes posts desta série de como viver bem. Espero que esta nova sequência de artigos te seja útil. Até lá, diverte-te e dá uma chance a qualquer um destes livros. E conhece a página do Facebook d'O Macaco de Imitação. Artigos relacionados:
Tenho andado desaparecido d'O Macaco deImitação. Acontece que quando um desafio me bate forte, não consigo largá-lo nempor um momento. Além disso, estive de férias e, sinceramente, tive um bloqueio criativo que limitou (em 100%) a quantidade de posts escritos.
No último mês tenho andando a aprender a fazerwebsites usando várias linguagens de programação (HTML, JavaScript, CSS, PHP,MySQL...) e explorando ferramentas como Bootstrap e Wordpress. E enquanto faziaas aulas deste curso online fui apontando ideias depequenas aplicações que pudesse fazer. Daí nasceu um pequeno projeto chamadoKoboNotes.
Se és leitor d'O Macaco há uns tempos, oumesmo sem o ser, é fácil de perceber que adoro ler. No ano passado li mais de 40 livros, quase todos utilizando o meu eReader Kobo Aura. Éfácil de ler com o Kobo, porque posso transportar centenas de livros ao mesmotempo, é leve e cabe-me no bolso. Com o Kobo é mais fácil ler muito, e aprendercoisas novas (temas que irei explorar num próximo artigo).
Com o Kobo também posso sublinhar partes dos livros e mesmo tirar notas para ler mais tarde. Acontece que não existem (ou existiam!) boassoluções para retirar essas notas do Kobo, organizá-las, e lê-lasno computador, no telemóvel, ou em qualquer lado. E isso chateava-me. Se querialer todas as notas que tinha de um livro, e se queria guardá-las no PC,demorava quase uma hora a organizá-las. Decidi, por isso, com as minhas novasskills de programação web, desenvolver uma nova ferramenta para extrair eorganizar essas notas tiradas do Kobo.
O KoboNotes já está online! Se tens umeReader Kobo, se conheces alguém que o tenha, ou se estás curioso quanto àaplicação, convido-te a visitar o website (nele apresento uma conta de teste para testares o KoboNotes à vontade).
Notas de um dos últimos livros que li, "Why We Get Fat". Esse será o tema de um próximo artigo.
Com o KoboNotes, precisas apenas de fazerupload de um ficheiro que está nas pastas do teu Kobo, e todas as tuaspartes sublinhadas e notas nos livros que leste são transferidas para o site eorganizadas. Podes depois ler essas notas quando quiseres (podes fazer umaconta e os teus dados são guardados) e até usando qualquer dispositivo.
O KoboNotes, apesar da sua pequenacomplexidade, não se fez sem os seus desafios. Não em termos de programação eestética do website, que apesar de ter dado algum trabalho, é algo que se vai fazendo.O verdadeiro desafio foi, e irá continuar a ser por algum tempo, convencer os utilizadoresdo Kobo a usar o KoboNotes. Logo que apresentei a aplicação em vários fóruns,comunidades e páginas relacionadas com eReaders, fui inundando de questõessobre a segurança do site. Garanti que não guardava nenhuns dadossensíveis sobre o dispositivo Kobo das pessoas, mas mesmo assim, acredito havermuitos leitores desconfiados.
Parte do Q&A do KoboNotes. Aqui respondo a várias dúvidas sobre a utilização da aplicação.
Descobri que até uma pequeníssima aplicação podeter grandes desafios. Não faltaram pequenos artigos doutros blogs sobre o KoboNotes,mas todos eles colocavam algumas reservas quanto à aplicação. Logo lhesexpliquei e clarifiquei alguns pontos e até acrescentei uma secção de perguntase respostas no site, para tirar todas as dúvidas que pudessem surgir.
Agora sóo tempo dirá se o KoboNotes será uma aplicação de valor para todos os que gostam de ler. Nestemomento sei que tenho alguns utilizadores, e isso já me deixa feliz.
E foi nisto que "gastei" parte do meu tempo noúltimo mês. Fiz outras coisas, tal como começar o 5º hábito da série "6 meses e 6 hábitos" e ler muitas coisas sobre corrida e alimentação. Mas isso éconversa para um próximo post.
Este artigo foi diferente do habitual. Em parte umadesculpa de porque não publiquei nada no último mês, mas também uma apresentaçãoda minha primeira (e pequeníssima) aplicação. Espero que tenham gostado doKoboNotes!
Hoje escolhi escrever sobre ficção científica por duas razões. Em primeiro lugar, ficção científica é brutal. Se nunca leste um livro deste género mal posso esperar que comeces. Em segundo lugar, estou a evitar escrever artigos que já tenho planeados – sobre a viagem que fiz nas últimas 2 semanas e sobre o desafio 6 meses e 6 hábitos. Se é para procrastinar, que a razão seja ler mais e melhor. De seguida apresento os 5 melhores livros de ficção científica que li nos últimos 2 anos.
1) Ender’s Game, de Orson Scott Card
Este é O clássico deste género. Tem tudo para ser um bom livro de ficção científica – espaço, guerras e crianças sobredotadas. Além disso, a escrita é absolutamente cativante. Aposto que vais ler este livro em menos de nada. Não quero spoilar este livro nem um pouco. Para isso basta-nos o filme(não o vejas até pelo menos teres lido o livro). Basta-me dizer que os humanos estão em guerra com uma civilização de formigas alien e o nosso destino está mãos de uma criança, o Ender.
Ender’s Game, de Orson Scott Card. Imagem retirada de goodreads.com
2) Ready Player One, de Ernest Cline
Ready Player One conta-nos uma história passada daqui a 30 anos. As pessoas passam grande parte do tempo numa jogo virtual para fugir da pobreza e poluição que existe no mundo real. Quando o criador deste jogo morre, deixa toda a sua fortuna a quem conseguir encontrar um objeto (um easter egg) escondido pelo mundo virtual. Ready Player One é um dos meus livros favoritos de sempre.
Ready Player One, de Ernest Cline. Imagem retirada de goodreads.com
3) The Maze Runner, de James Dashner
Provavelmente conheces o filme. Esquece. Como digo sempre, o livro é muito melhor.
The Maze Runner, de James Dashner. Imagem retirada de goodreads.com
4) Old Man's War, de John Scalzi
Imagina que chegas aos 75 anos e te dão a oportunidade de voltares a ter o teu corpo de 25. Aceitas? Só um aparte – vais combater contra aliens e ajudar a humanidade a estabelecer-se como uma das principais espécies da galáxia. Com Old Man’s War, John Scalzi traz-nos um livro que nos faz pensar no futuro da humanidade no espaço. E, tal como os livros acima, está muito bem escrito e é muito cómico. Situação Win-Win.
5) The First Fifteen Lives of Harry August, de Claire North
Este foi o ultimo livro que li, enquanto velejava pelo mediterrânico ao longo da costa da Sicília. E que ótima companhia. O livro conta-nos a história de Harry August, um "tipo" que volta a nascer, exatamente no mesmo local e nas mesmas condições, cada vez que morre. Claire North, no seu estilo quase poético, descreve as primeiras 15 vidas de Harry August. Aconselho vivamente esta leitura. A menos que tenhas muito que fazer.
The First Fifteen Lives of Harry August, de Claire North. Imagem retirada de goodreads.com
E com isto finalizo o meu top de ficção científica. Queres começar? Aconselho o Ready Player One em primeiro lugar.
Ler é das melhores coisas que podemos fazer. É um investimento do tempo em aprender algo novo, em ganhar temas de conversa e em entender outras pessoas. De entre as muitas novidades de 2015, este foi um ano de muita leitura. Li vários blogs, como o WaitButWhy e o HighExistence, e li 42 livros. 42! Dobrei o meu recorde do ano passado. Fiz um trabalho árduo de seleção e apresento neste post os meus 5 livros favoritos deste ano. São aqueles que me transportaram para um mundo diferente, que me fizeram ver o mundo de outra maneira e me ensinaram mais do que poderia esperar. Se quiseres saber mais sobre os 42 livros que li este ano, segue para o meu perfil do Goodreads.
#1 – Ready Player One, Ernest Cline
Ready Player One acontece em 2044, num mundo já muito diferente do atual. Existem grandes problemas ambientais, há muita pobreza e, para fugir de tudo isto, as pessoas vivem ligadas num mundo virtual chamado OASIS. No início do livro, o criador deste mundo morre inesperadamente, e deixa toda a sua fortuna a quem conseguir encontrar um Easter Egg no OASIS. E mais não posso contar, não quero estragar a surpresa.
Ready Player One, Ernest Cline. Imagem retirada de goodreads.com
Este é um daqueles livros que, uma vez começados, não conseguímos largar. Se tivesse de escolher apenas um livro para ler este ano, seria o Ready Player One. Em termos de ficção científica, e na minha opinião, é melhor que outros grandes livros que li este ano, como o The Martiane o The Old Men’s War. Se quiseres ficar a conhecer os melhores livros de ficção científica (do século XXI), aconselho-te esta lista.
#2 - Sapiens: a brief history of humankind, Yuval Noah Harari
WOW!! Queres ler um livro sobre a história da humanidade? Este é o livro. Incrivelmente bem escrito, Sapiens aborda a história da humanidade desde a altura em que o nosso antepassado era um de muitos outros "macacos", passando pela revolução cognitiva, agrícola e industrial. Sabias que houve um tempo em que co-existiram 6 espécies de humanos no planeta? Ou que a revolução agrícola, embora seja o pilar do nosso crescimento, tornou-nos, muito provavelmente, pessoas mais infelizes?
Sapiens: a brief history of humankind, Yuval Noah Harari. Imagem retirada de amazon.com
Este é um livro que justifica o gosto pela leitura. Depois de ler Sapiens, qualquer leitor ganha uma nova perspectiva sobre a nossa espécie, sobre o seu efeito no planeta Terra e a nossa (má) influência sobre outros animais e plantas.
#3 – O Evangelho segundo Jesus Cristo, Saramago
Ao ler o Evangelho segundo Jesus Cristo, é fácil perceber a genialidade do prémio Nobel português. Não é só a história (com alguma ficção) sobre a vida de Jesus Cristo, mas a forma como Saramago a escreve, e todos os sentidos que podemos tirar das suas páginas.
O Evangelho segundo Jesus Cristo, Saramago. Imagem retirada de fnac.pt
Não consigo acrescentar mais nada sobre este livro. Há que ler para crer. É, à semelhança de outros livros de Saramago, uma obra de arte.
#4 – Learned Optimism, Martin E.P. Seligman
Este é um livro que fala sobre otimismo e pessimismo. Martin E.P Seligman, um dos "pais" da psicologia positiva, analisa a maneira como as pessoas pensam, e os efeitos que esses pensamentos têm nas suas ações e sucesso. Para saberes mais sobre este livro, segue este link para outro post n’O Macaco de Imitação. Aí analiso o Learned Optimism em detalhe, e também a ciência do otimismo e pessimismo.
Learned Optimism, Martin E.P. Seligman. Imagem retirada de goodreads.com
Aconselho vivamente a leitura de Learned Optimism. Foi o melhor livro de psicologia que li este ano, e talvez na vida toda. Se queres perceber a forma como pensas, se és pessimista ou otimista, e como podes melhorar a tua vida ao pensar de outra maneira, precisas de ler este livro.
#5 – The Year of Living Biblically, A.J. Jacobs
A. J. Jacobs decide, durante um ano, viver segundo todas as regras da bíblia. Este desafio leva-o a muitos locais nos EUA e a Jerusalém, conhecendo pessoas altamente religiosas. Ao longo desse ano, consegue tornar-se uma pessoa melhor, ao seguir regras como não mentir e agradecer por tudo na sua vida.
The Year of Living Biblically, A.J. Jacobs. Imagem retirada de goodreads.com
Este livro vem no seguimento do seu primeiro livro, The Know It All, em que A.J. desafia-se a ler a Encyclopædia Britannica (+- 30.000 páginas). Neste livro relata aquilo que vai aprendendo e como toda essa nova informação impacta a sua vida. Durante esse ano conhece também pessoas muito inteligentes e participa no Quem Quer Ser Milionário. Os livros de A. J. Jacobs são muito divertidos. Além disso, inspiraram-me a fazer os meus próprios desafios, tais como aprender piano em 20 horas, fazer exercício todos os dias durante um mês, e estar uma semana sem usar a internet. Nota final: Ler é das melhores maneiras de aprender coisas novas. Se não o fazes frequentemente, considera ler uns bons clássicos, ou livros de não-ficção sobre temas que aches interessante. Ou então lê algum destes 5 livros. Prometo-te que vais gostar e, em pouco tempo, vais ficar viciado na leitura.
No início do ano desafiei-me a ler 20 livros. Com o final de Maio, estou a 2 livros de cumprir esse objetivo. Este mês explorei 4 livros que estavam na minha lista há algum tempo. Em primeiro lugar, aprendi sobre introvertidos e o papel que eles têm no mundo. De seguida, li o relato impressionante de um homem que escalou o Evereste. Explorei também a vida de um astronauta, e o que este nos tem a ensinar sobre como viver melhor na Terra. Por fim - porque este assunto é cada vez mais importante para mim - li um livro sobre como escrever melhor.
Se não tens a certeza sobre o teu nível de introversão-extroversão, segue este link e testa a tua personalidade. Como já tenho escrito n'O Macaco de Imitação, é importante conhecermo-nos para que, se for necessário, alteremos o nosso comportamento. Nesse aspeto, este é um livro muito interessante para introvertidos.
Vivemos numa sociedade que idolatra o extrovertido; o tipo que vai às festas; o tipo que nunca se cala e parece estar sempre divertido; e esquecemo-nos que há vantagens em ser mais reservado e pensar antes de agir. Com Quiet, percebemos as diferenças entre introvertidos e extrovertidos. Entendemos também por que algumas coisas da sociedade moderna - como sessões de brainstorming e open-offices - podem não funcionar para algumas pessoas.
Acho interessante quando Susan Cain escreve sobre como as pessoas "recarregam as baterias". Os extrovertidos alimentam-se das festas, barulho e da interação entre muitas pessoas. Pelo contrário, os introvertidos, embora possam gostar de festas, sentem a necessidade de estar sozinhos, pois é aí que vão buscar a sua energia.
Com a leitura de Quiet, percebo que é importante cada um respeitar a sua personalidade na altura de procurar atingir um objetivo. Mais não digo, tens de ler o livro.
It makes sense that so many introverts hide even from themselves. We live with a value system that I call the Extrovert Ideal—the omnipresent belief that the ideal self is gregarious, alpha, and comfortable in the spotlight.
The more creative people tended to be socially poised introverts...As teens, many had been shy and solitary.
Nor are introverts necessarily shy. Shyness is the fear of social disapproval or humiliation, while introversion is a preference for environments that are not overstimulating. Shyness is inherently painful; introversion is not
We need to find a balance between action and reflection.
Some people act like extroverts, but the effort costs them in energy, authenticity, and even physical health.
According to Free Trait Theory, we are born and culturally endowed with certain personality traits—introversion, for example—but we can and do act out of character in the service of “core personal projects.
Porque é que as pessoas decidem escalar montanhas? Foi esta a questão que me levou a ler Into Thin Air de Jon Krakauer. Será pela fama? Para se sentirem ligados à natureza? Podes encontrar as respostas neste livro. Into Thin Air é uma história, verídica, de um jornalista-alpinista, convidado a escalar o Evereste, com vista a publicar um artigo sobre a massificação do turismo na montanha mais alta do mundo. Infelizmente, tudo o que tinha para correr mal correu, e esse foi um ano particularmente sangrento nos Himalaias.
Jon Krakauer é também autor do famoso livro, com adaptação cinematográfica, Into The Wild. A sua escrita encanta qualquer leitor. Nesta minha aventura pelos Evereste, aprendi sobre toda a segurança à volta da escalada, sobre este tipo de turismo e sobre a ambição humana. Este livro fascinou-me.
É no verão de 1969, ao ver o primeiro homem a pisar a Lua, que Chris Hadfield, então com 9 anos, decide ser astronauta. Segue-se uma vida de trabalho para atingir esse sonho. Fascina-me a personalidade deste senhor, porque toda a vida se preparou para uma aventura que podia nunca ter acontecido. Na sua altura, não haviam sequer astronautas canadianos, então a probabilidade de Chris ir ao espaço era muito remota. Mas o seu pensamento foi sempre o mesmo; "é praticamente impossível ser astronauta, mas pelo sim pelo não, vou preparar-me."
O livro guia-nos através da vida de Chris Hadfield; da sua preparação para se tornar o primeiro canadiano a fazer uma "caminhada" no espaço. Chris foi também o primeiro canadiano a comandar uma missão na Estação Espacial Internacional. E, lá em cima, fez uma série de vídeos - com imenso sucesso no YouTube - que mostravam como era viver sem gravidade. Além disso, Chris Hadfield gravou o primeiro video-clip no espaço.
Chris Hadfield é a prova de que, trabalhando muito, podemos atingir qualquer sonho. Em An Astronaut's Guide to Life on Earth, Chris escreve sobre a sua jornada, o que aprendeu sobre a vida na Terra, e como devemos encarar a nossa vida e objetivos. Chris Hadfield é uma verdadeira inspiração. Deixo aqui algumas das frases do livro:
Like most astronauts, I’m pretty sure that I can deal with what life throws at me because I’ve thought about what to do if things go wrong, as well as right. That’s the power of negative thinking. If you start thinking that only your biggest and shiniest moments count, you’re setting yourself up to feel like a failure most of the time. Personally, I’d rather feel good most of the time, so to me everything counts: the small moments, the medium ones, the successes that make the papers and also the ones that no one knows about but me. The truth is that I find every day fulfilling, whether I’m on the planet or off it. I work hard at whatever I’m doing, whether it’s fixing a bilge pump in my boat or learning to play a new song on the guitar.
Com a escrita d'O Macaco de Imitação, nasceu também a necessidade de aprender a escrever melhor. Como ainda estou longe dos meus objetivos enquanto escritor, decidi, em Maio, investir num livro recomendado por Tim Ferriss, um dos meus ídolos. On Writing Well é o primeiro livro que leio deste género. No final, fiquei mais sensível e consigo distinguir um bom texto de um texto menos bom. Aprendi muitas técnicas para escrever melhor, mas, como qualquer skill, é preciso muito treino para passar da teoria à prática.
Para captar o leitor, ou passar a informação de forma eficaz, há que ter uma escrita simples, sem floreados desnecessários, usando palavras curtas e respeitando o ritmo natural da leitura. Estas são algumas das dicas de William Zinsser. Aconselho a leitura de On Writing Well a todas as pessoas. Até para quem não escreve mais que um email ou sms. Deixo aqui duas das minhas frases favoritas de On Writing Well:
Nobody told all the new e-mail writers that the essence of writing is rewriting.
Clutter is the official language used by corporations to hide their mistakes.
William Zinsser faleceu dia 12 de Maio, alguns dias antes de começar a ler On Writing Well. Acabei por ler o livro com mais atenção. Pensei que, como qualquer escritor, ficaria feliz ao saber que a sua mensagem era passada mais uma vez.
Iniciando o mês de Maio, é tempo de analisar os livros que li em Abril. Se ainda não leste o post de Março, fica aqui o link. Desde que tenho o kobo, tenho escolhido os livros "a dedo", com ajuda do Goodreads. Se gostas de ler e não conheces esta rede social, convido-te a experimentar. É similar ao IMDb mas com foco nos livros. Podes aceder à pontuação do livro dada pelos utilizadores, criar listas de leitura, indicar os livros que já leste, queres ler e que estás a ler neste momento. Tudo isto e muito mais.
Em Abril comecei por explorar a ciência do otimismo e a discussão que geramos dentro da nossa cabeça. Cansado do stress do dia à dia, li um livro sobre como relaxar e aproveitar os pequenos prazeres da vida. Passei para os clássicos, li O grande livro de Stephen Hawking e inspirado para pensar sobre o futuro do universo, li um clássico de ficção científica. Para acabar o mês em grande, decidi experimentar o livro que nos promete que abrir uma empresa pode custar tão pouco como 100 dólares. Aqui segue a lista dos 5 livros que li em Abril:
Este é um livro que fala sobre otimismo e pessimismo. Martin E.P, Seligman analisa a maneira como as pessoas pensam e contam histórias a si mesmas e os efeitos que esses pensamentos têm nas suas ações e sucesso pessoal. Aconselho vivamente a leitura de Learned Optimism porque ao lê-lo e ao fazer o teste que eles nos coloca, conseguimos perceber se somos maioritariamente otimistas ou pessimistas e o que podemos fazer para melhorar a forma como pensamos. Para saberes mais sobre este livro, segue este link para um post que fiz recentemente, onde analiso este livro em detalhe e a ciência do otimismo e pessimismo. Tenho a certeza que vais achar Learned Optimist tão interessante quanto eu achei.
Tom Hodgkinson coloca-nos a vida em perspectiva e faz-nos analisar o ciclo de trabalho-descanso. Apesar de exagerar um pouco por vezes e parecer um eterno preguiçoso, há grandes verdades em How To Be Idle e por isso recomendo-o. Neste livro percebemos porque é que esta sociedade bebe muito café, o que significa "o mundo real de trabalho", entendemos a pressão que existe na sociedade atual para que cada pessoa defina uma especialidade e, mais que tudo, na sua obsessão pelo trabalho.
Tom Hodgkinson fala dos pequenos prazeres da vida, tais como ler, meditar e acordar tarde. Além disso, consegue transmitir uma grande profundidade com algumas coisas que escreve. Seguem algumas passagens do livro, traduzidas para português:
"O café é para vencedores, pessoas que vão atrás, que ignoram chá, cancelam almoços, acordam cedo, que se envergonham do seu empenho, são obcecados por dinheiro e por status e são pessoas lunáticas vazias espiritualmente."
"Será que o "mundo real" significa trabalhar no duro, todo o dia, para produzir coisas inúteis que tornam as outras pessoas mais pobres e infelizes?"
"Esquece todo esse lixo sobre teres de te especializar em uma área e torna-te um "homem dos sete ofícios". Aprende a cuidar de ti mesmo. Pinta, lê, escreve e toca música. Torna-te mediano em várias coisas ao invés de muito bom numa só coisa."
Breve História do Tempo é um livro que te faz sonhar sobre o universo, escrito pelo famoso físico Stephen Hawking. Provavelmente não irás gostar muito do livro se não tiveres um interesse forte por ciência, porque Stephen Hawking entra em detalhe sobre as teorias físicas. Neste livro fiquei a perceber a história da física e as contribuições que grandes cientistas como Newton e Einstein tiveram para formular as leis físicas que regem o nosso mundo.
Neste momento existem duas grandes teorias que explicam o universo: a teoria da relatividade geral e a teoria quântica. Grande parte do trabalho de Stephen Hawking é tentar perceber como é que estas duas teorias podem ser agrupadas numa grande teoria de tudo. Este é um livro fascinante que terão de ler pelo menos uma vez na vida.
Este livro é um grande clássico, escrito pelo famoso pai da ficção científica, Issac Asimov. Desde já quero esclarecer que este livro pouco tem a ver com o filme que nele se inspirou. Eu, Robot é um pequeno livro que agrega algumas histórias sobre a (futura) evolução da inteligência dos robô e sobre os problemas cognitivos que foram surgindo nessa evolução.
Neste livro, Issac Asimov apresenta-nos as 3 leis respeitadas por qualquer robô construído pelo homem:
1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.
2ª Lei: Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos excepto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei.
3ª Lei: Um robô deve proteger a sua própria existência desde que tal protecção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Lei.
Aconselho vivamente a leitura desde clássico que nos faz pensar sobre a humanidade e sobre os desafios que teremos no futuro.
Em "The $100 Startup", Chris Guillebeau mostra-nos como podemos abrir um negócio com tão pouco como 100 dólares e trabalhar em algo que valorizamos. Ao longo do livro, Chris Guillebeau aprensenta-nos a história de pessoas que decidiram "romper" com o caminho convencional de carreira e criar um negócio à volta de coisas que valorizavam, obtendo grandes resultados. Além disso, "The 100$ Startup" introduz técnicas para começar e melhorar o nosso negócio.
Deixo algumas passagens do livro, traduzidas para português, que achei muito interessantes:
"Não existe um programa de reabilitação para pessoas que são viciadas na liberdade. Depois de veres o que está do outro lado, boa sorte em tentar seguir as regras de outra pessoa mais uma vez."
"O valor é criado quando uma pessoa faz alguma coisa de útil e a partilha com o mundo."
"Paixão ou habilidade + utilidade = sucesso."
"Constrói qualquer coisa que desejes comprar e outras pessoas também o vão querer provavelmente"
"Um bom lançamento (produto, serviço, etc) é como um filme de Hollywood. Primeiro vais ouvir falar dele muito tempo antes do lançamento, depois ouves falar mais sobre ele antes da estreia e no final vês a multidão de pessoas a aguardar ansiosamente pelo lançamento do filme."
"Não precisas da permissão de ninguém para seguir os teus sonhos"
"Don't waste your life living someone else's life" - Steve Jobs Espero que tenhas gostado deste pequeno conjunto de livros. Se leste qualquer um deles, comenta em baixo a tua opinião sobre este. E já agora, quais são os clássicos que pretendes ler? Quais foram os livros que te inspiraram?
Já referi n'O Macaco de Imitação o meu gosto pela leitura. A ler aprendemos mais sobre o mundo que nos rodeia. A ler ficção somos projectados para mundos diferentes onde tudo é possível e a ler não-ficção conhecemos histórias sobre pessoas que fizeram coisas incríveis e aprendemos mais sobre nós mesmos.
Além de haver grandes livros por aí, há blogs incríveis com projetos muito interessantes. Esta semana apresento-vos uma série de blogs nacionais e internacionais que costumo seguir e que vos recomendo.
Dos melhores blogs de humor Portugueses da atualidade! Não acreditas? Então segue o link e fica a conhecer este blog onde Doutor G, licenciado em sexologia, "explica como se faz". Além de grandes artigos de humor, Por Falar Noutra Coisa tem artigos sobre o (mau) estado de coisas em Portugal e alguns artigos mais sérios e que puxam mais ao sentimento. Por Falar Noutra Coisa é a prova que há bons bloggers em Portugal.
Ilustrações que acompanham os post de Wait But Why.
Além disso, os posts são MUITO divertidos, sempre acompanhados de desenhos para ilustrar os pontos fundamentais e estão muito, mas mesmo muito bem escritos. Os posts de Wait But Why são gigantes, mas isso não afasta os 120.000 subscritores do blog e os 200.000 fãs da página do facebook. Isto só prova que os posts têm muita qualidade e que vale a pena passar uns largos minutos a ler essas obras de arte.
Este blog fala maioritariamente sobre desenvolvimento pessoal. Tem grandes posts sobre psicologia, problemas sociaise livros. High Existence não é o típico blog em que os artigos sobre desenvolvimento pessoal são apresentados de uma maneira vazia de conteúdo. Tem de facto grandes posts com informação de qualidade, como por exemplo este artigo sobre hábitos. Eu sei que estes posts são bons porque apresentam a informação de forma cuidada e detalhada (e por isso são grandes), ao contrário de outros blogs que fazem por dia imensos posts com títulos muito sugestivos, mas que depois são pequeníssimos e dizem sempre a mesma coisa. Aconselho vivamente o High Existence.
Neste blog Português temos tudo sobre viagens e sobre sair de casa e visitar o que há de bom em Portugal e lá fora. Temos ainda notícias, gastronomia, curiosidades, fotografia, voluntariado, entre outros. Próxima Viagem é um daqueles blogs portugueses que só faz é bem acompanhar.
The Art of Non-Conformity foi criado por Chris Guillebeau, que a certa altura visitou todos os países do mundo! Este blog fala sobre viagens, sobre desenvolvimento pessoal e contém muitas dicas para quem quer começar o seu próprio negócio. Além deste blog, Chris Guillebeau escreveu alguns livros, sendo um deles aquele que estou a ler de momento, The 100# Startup. Vais ficar inspirado seja ao ler o blog ou qualquer um dos livros de Chris Guillebeau. E cuidado com alguns dos seus posts! Pode ter como consequência largar tudo e ir viajar.
Zen Habits e Om Swami são dois blogs que dão dicas sobre como relaxar e viver de maneira mais simples e feliz. Além disso, apresentam algumas maneiras de melhorar a nossa produtividade todos os dias para que possamos ter mais tempo para fazer as coisas que são mais importantes para nós.
Estes blogs são apenas 7 dos muitos projetos com enorme qualidade espalhados pela net. Se não costumas ler blogs, porque não experimentar? Acho que vais ficar muito surpreendido pela positiva.
Tal como fiz no mês passado, volto a apresentar os livros que tenho lido. Se em Janeiro e Fevereiro li 5 livros, agora li quase o mesmo número apenas em apenas 1 mês. Ler é um vício e desde que comprei o Kobo (ereader) tenho lido cada vez mais. Gosto de ler ficção científica, histórias de pessoas extraordinárias, ciência e psicologia. Neste post apresento os 4 livros que li em Março:
Livre encaixa na categoria de histórias extraordinárias. Cheryl Strayed decide largar tudo, juntar todo o pouco dinheiro que tem e caminhar a Pacific Crest Trail, um trilho que se estende desde a fronteira Estados Unidos com o México, até ao Canadá. Esta história real, relatada na primeira pessoa, transmite emoções que raramente se sente quando se lê um livro.
A força de vontade de Cheryl Strayned é incrível e contagiante. Se quiserem também podem ver a adaptação cinematográfica do livro, nomeada para os Óscares de 2014. Mas, se estão atraídos pela história, sugiro a leitura do livro porque é muito mais completo e emocionante que o filme.
Já falei várias vezes deste livro no O Macaco de Imitação. Neste post, não só faço um resumo dos pontos essenciais do livro, bem como adiciono algumas outras coisas que acho importantes.
Com "As primeiras 20 horas", Josh Kaufman mostra-nos que é possível ser razoavelmente bom em qualquer coisa com apenas 20 horas de treino. Além disso, apresenta-nos o método para o fazer corretamente, garantindo que tiramos o melhor proveito possível dessas 20 horas. Aconselho-te a ver o vídeo seguinte, onde Josh fala sobre as suas experiências e resume todo o seu método para aprender qualquer coisa rapidamente.
Este é com certeza um dos livros que mais impacto teve na minha vida. Mudou a minha perspectiva sobre a educação formal. Sei agora que não é necessário estar numa escola para aprender qualquer coisa. Se adoptarmos um bom método e encaramos positivamente novos desafios, podemos aprender melhor e mais rapidamente. Esses conhecimentos podem tornar a vida mais divertida, além de oferecer claras vantagens em termos profissionais.
H.G. Wells é um dos pioneiros da ficção científica. Provavelmente já ouviste falar de outro dos seus livros, "A Guerra dos Mundos". A Máquina do tempo fala-nos de um cientista que inventa uma máquina que o transporta 800.000 anos no futuro. O que este encontra deixa-o atordoado. Não vou avançar com detalhes sobre o livro porque senão estragava a tua leitura. O livro é muito pequeno e aconselho a todos a sua leitura. Gostei de ler este livro porque além de fazer o leitor pensar no futuro da civilização, H. G. Wells critica a sociedade atual e as escolhas, ou melhor, critica a sociedade de há 100 anos atrás, mas digamos que quase nada mudou em termos sociais.
Estamos no ano 2044 e existe um jogo, o OASIS, praticamente real, que permite as pessoas ficar ligadas a uma máquina enquanto vivem num mundo virtual. Antes de morrer, James Halliday, o criador deste mundo, deixa toda a sua fortuna a quem conseguir descobrir 3 chaves e abrir 3 portas que estão escondidas no OASIS. O problema é que as pistas que Halliday deixa, bem como a possibilidade das chaves e portas puderem estar espalhadas pelos milhares de planetas de OASIS, torna o desafio quase impossível. Até que Wade Watts, aos 18 anos, encontra a 1ª chave, 5 anos depois do jogo começar. Começa aí uma história sobre uma perigosa aventura, contada na perspectiva de Wade.
O mundo em 2044 também não é o que é hoje. As alterações climáticas mudaram o planeta e a pobreza mundial está num nível extremo. Ganhar este jogo é a chave para sair de uma vida de miséria.
Este é um dos melhores livros de ficção que li na vida. Está muito bem escrito e a história é extremamente cativante. Para quem gosta do mundo dos jogos também irá aprender muito sobre o começo dos jogos de vídeo nos anos 80. Só tens tempo para ler um livro? Não há problema, começa pelo livro de Josh Kauffman e melhora as tuas capacidades de aprendizagem. Espero que tenhas gostado desta seleção de livros.
Estamos no final de Fevereiro e está na altura de apresentar as minhas leituras dos últimos 2 meses. É sempre difícil escolher um livro para ler, há milhões e o tempo é limitado. Como por magia, cada livro que leio multiplica-se em 3 e a minha to-do list literária vai aumentado de dia para dia. É estafante...mas escolhas têm de ser feitas, seja esta pela recomendação de um amigo, a sua pontuação no Goodreads, a qualidade do autor ou, como ultimamente tenho gostado de fazer, explorando um tema que pouco ou nada sei. Janeiro e Fevereiro foi tempo de ler sobre uma ficção sobre a exploração de Marte, sobre generalistas, acerca da História da Humanidade, ler um livro simplesmente "Estranho" e a arte de viagens de longa-duração.
Esta é a história de Mark Watney, um dos astronautas presentes numa expedição a Marte e que, por obra do azar, é deixado para trás enquanto os seus colegas saem de emergência do planeta. Neste livro de ficção científica somos atraídos para uma história emocionante, enquanto um homem tenta sobreviver em Marte, a milhões de quilómetros de qualquer ser-humano.
The Martin, Andy Weir. Imagem retirada de triviana.com
Mark Watney usa os seus conhecimentos de Engenharia e Botânica para sobreviver no planeta e enquanto isso, graças ao diário que este vai escrevendo, aprendemos bastante sobre química, física, botânica e exploração espacial. É uma das escolhas de eleição de 2014 pelos leitores do Goodreads.
Barbara Sher muda vidas com este livro. Para muitos pode ser uma "golfada de ar fresco" saber que são generalistas, ou seja, uma pessoa que simplesmente gosta de fazer muitas coisas, ficando difícil escolher apenas uma. Encontrando o livro por acaso, este é aquele que procurava, pois precisava de ver por escrito que gostar de várias áreas não é mau e que o mundo precisa deste tipo de pessoas.
Refuse to Choose!, Barbara Sher. Imagem retirada de ihbv.nl
Não me vou alongar muito a falar sobre "Refuse to Choose" porque este merece um post só por si, mas quero avançar que este é um livro extremamente importante para algumas pessoas pois é a justificação para algumas decisões que têm tomado ao longo da vida, para a sua indecisão, para o facto de não se conseguirem fixar em alguma coisa por muito tempo e parecerem uns "malucos", sempre com novas ideias e projetos na cabeça. Irei fazer um post sobre isto mais tarde porque é um tema extremamente importante, se não até a base de "O Macaco de Imitação"!.
WOW!! Querem ler um livro sobre a nossa história?! Este é o livro! Incrivelmente bem escrito, "Sapiens" aborda a história da humanidade desde a altura que o homem era um em muitos outros "macacos", passando pela revolução cognitiva, agrícola e industrial. Sabiam que houve um tempo em que co-existiram 6 espécies de humanos no planeta? Ou que a revolução agrícola, embora seja o pilar do nosso crescimento enquanto sociedade, tornou-nos muito provavelmente pessoas mais infelizes?
Sapiens, Yuval Noah Harari. Imagem retirada de amazon.com.
Este é um livro que justifica o gosto pela leitura. Depois de ler Sapiens, qualquer um ganha uma nova perspectiva sobre a nossa espécie, sobre o seu efeito no planeta Terra e a nossa influência sobre outros animais e plantas.
Com este livro, Albert Camus entrega aquilo que promete, um livro "Estranho", mesmo muito estranho. Não costumo gostar deste tipo de literatura, mas, ainda assim, ao ler "The Stranger" senti emoções estranhas que só este tipo de livro consegue transmitir. Aconteceu um pouco como no livro"The Pear Shaped Man" do George R.R. Martin. Só por isso vale a pena experimentar.
The Stranger, Albert Camus. Imagem retira de goodreads.com.
Não adorei a forma como o livro está escrito, mas certamente que "Vagabonding" nos oferece muito bons conselhos sobre viagens e em específico sobre viagens de longa-duração. É um livro inspirador sobre a arte de conhecer o planeta e de nos ligarmos com a natureza e as pessoas que vivem na Terra. Ao conhecer essas pessoas conseguimos obter a sua perspectiva sobre o Mundo e certamente que a nossa vida pós-viagem vai melhorar, pois vamos conseguir perceber melhor as pessoas e as suas dificuldades.
Muitas pessoas têm vontade de viajar, vontade de fazer uma viagem de exploração que contraste com as típicas férias de 1/2 semanas num hotel do outro lado do mundo, que acaba por esconder a cultura daquele país. Apesar disso, muitas são as desculpas para não o fazer, porque a vida, dizem eles, deve ser levada a sério e viajar é uma brincadeira...Mas no fundo é o contrário, conhecer o mundo e aprender mais sobre as pessoas que vivem a alguns milhares de quilómetros é que é importante. A nossa sociedade abafa esta importância sobre a forma de um novo carro, uma grande casa e ter sempre o último modelo de telemóvel mas, provavelmente já reparaste que a felicidade trazida por comprar qualquer coisa nova se desvanece ao final de alguns dias, semanas ou poucos meses e se já viajaste, sabes que essa é a melhor maneira de "gastar" dinheiro. Digo gastar entre aspas porque viajar é das únicas maneiras em que alguém pode gastar dinheiro e ficar mais rico. Este livro reflecte sobre viajar para conhecer o mundo e da importância de simplificar a vida para alguém que tem o sonho de fazer uma viagem de longa duração.
Vagabonding fala-nos também das notícias deturpadas a que temos acesso na TV e internet e que o mundo lá fora não é mais perigoso que a rua onde moramos. Há simplesmente pessoas boas e más em todo o lado. Depois o livro apresenta bons conselhos sobre como fazer uma boa e pequena mala de viagem e conseguir bons descontos em bilhetes de avião. No final do livro, Rolf Potts torna-se mais filosófico sobre o significado de viajar e da importância de ver as coisas como elas são, sem julgar sobre a nossa visão ocidental de como as coisas devem ser. É incrível aquilo que pode acontecer uma vez que abracemos a verdadeira cultura das nações que visitamos e deixemos que as pessoas nos mostrem como é viver na sua comunidade.
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