Desde fevereiro que ando a tentar ganhar 6 novos hábitos em 6 meses. Tem sido um desafio interessante e as minhas novas skills têm-me ajudado a estar concentrado nas coisas importantes. Mas também tem sido um processo demorado (e assim é de propósito) e por isso senti que precisava de um novo desafio, mesmo que pequeno, para aprender qualquer coisa nova.
Foi por isso que na semana passada pedi ajuda aos leitores d'O Macaco de Imitação para escolher um mini-desafio - algo que pudesse fazer em poucas horas durante uma semana. No final escolhi ver uma TED Talk por dia durante 7 dias.
Estas foram as 7 TED talks que vi esta semana. Organizei os títulos pelos temas dos vídeos e sempre que possível acrescentei legendas em português. Todas as talks, à excepção da número 5, foram sugestões vossas. Obrigado!
1. Produzir comida no futuro
Aqui é apresentada uma solução para crescer comida de forma saudável e sustentável. Podemos vir a ter computadores que produzem comida, e podemos vir a partilhar receitas entre computadores em vez de enviarmos comida de um lado para o outro do mundo. Esta TED talk indica que podemos todos crescer a nossa comida e ter alimentos mais saudáveis. É certamente uma ideia com futuro.
2. Surf
Nesta Ted talk, Easkey Britton fala sobre umas das minhas grandes paixões, o Surf. Esse desporto que nos faz esquecer tudo o que está à nossa volta e que nos liberta de distrações. Ficamos em perfeito contacto com a natureza e durante aquele momento somos só nós e as ondas, em perfeita sintonia. Esta talk faz-nos pensar naquilo que gostamos de fazer e como podemos melhorar o mundo ao fazê-lo.
3. Aquecimento global e o país negativo em carbono - Butão
Na sua constituição, o Butão indica que 60% da terra, no mínimo, deve permanecer floresta para todo o sempre. As florestas do país estão também todas conectadas e é possível, aos animais, andarem livremente por todo o Butão, protegidos por reservas e parques naturais. Esta talk comoveu-me e deu-me vontade de visitar o Butão. É impressionante o esforço que um país tão pequeno tem feito para salvar o ambiente e para melhorar a qualidade de vida e felicidade da sua população. Os maiores países, com mais recursos, têm muito a aprender com este pequeno grande exemplo. Foi a minha TED preferida da semana.
4. Máquinas voadoras
Estas pequenas máquinas voadoras podem ter um impacto gigante no futuro. Apesar de não ter sido uma grande TED talk, aconselho a sua visualização para que entendas a potencialidade destes pequenos robôs.
5. Dinossauros e procura de fósseis
Nesta talk aprendi que regras devem ser seguidas para encontrar fósseis. Não tinha noção de que seguindo estas "simples" indicações, é quase garantido encontrar qualquer coisa que tenha vivido há vários milhões de anos no nosso planeta. Esta talk pertence a uma lista das melhores talks de 2016.
6. Detecção de som através de vídeo
O trabalho de Michael Rubinstein parece saído de um filme de espiões. Então não é que ele consegue detetar sons ou, melhor ainda, perceber o que está a ser dito numa discussão, apenas através de um vídeo da conversa? É possível detetar as mais pequenas oscilações nos objetos do dia-a-dia e daí reconstruir os sons do ambiente. Incrível!
7. Ser português
Finalizei este mini-desafio à tuga, vendo também a talk mais divertida da semana. Zé Pedro Cobra fala-nos nos hábitos portugueses e nas atitudes menos boas que nos caracterizam. O "vai-se andando", o culpar o outro, o "queixume" e tantos outros maneirismos. Mas esta também é uma talk de esperança e sobre o que podemos fazer para melhorar. É sobre parar para pensar naquilo que queremos da vida. Porque "cada um faz o que quer, o problema é que nós não sabemos o que queremos e andamos atrás das coisas erradas". "Não reclamem nada do mundo, ele não vos deve nada - chegou cá primeiro", Mark Twain
Bónus 1. Procrastinação
É difícil ver 7 TED talks sem procrastinar, vendo umas talks extra e voltando a ver as favoritas Esta TED foi apresentada este ano pelo meu blogger favorito, Tim Urban, que escreve o blog WaitButWhy. Nesta ele apresenta o tema da procrastinação do mesmo jeito que escreve - com desenhos, com piadas, e com as melhores metáforas para que todos percebam a mensagem que ele quer transmitir. Esta é a minha TED favorita de sempre.
Bónus 2. Desafios de 30 dias
Matt Cutts aprensenta uma das talks mais motivadoras de sempre em apenas 3 minutos. Esta, e outras coisas do género, motivaram-me para fazer os meus desafios de 1 mês, ou 21 dias ou 20 horas ou 1 semana. Tal como Matt diz, "Os próximos 30 dias vão passar quer queiram quer não, por isso, porque não experimentar qualquer coisa que sempre quiseram fazer?".
Nota final
Tenho amigos que me perguntam, "mas porque estás a fazer esse desafio"? A resposta é semelhante a outras perguntas sobre outros desafios - faço-o porque é divertido e porque sei que vou aprender coisas novas. Este desafio ensinou-me que é possível aprender algo novo, informação essa que pode ser útil no futuro, em apenas 15 minutos por dia. Se assim é, porque não fazer mais coisas destas? Conhece a página do Facebook d'O Macaco de Imitação.
Está visto que as resoluções de novo ano não resultam. Dizemos que desta vez é que é, e que vamos começar a comer bem e a fazer exercício todos os dias e, passados dois meses, nada.
Pensei um pouco sobre isso e decidi que, para fazer mudanças, tenho de apostar em hábitos - passar a fazer certas coisas importantes, regularmente, para conseguir fazer mais e/ou melhor e ser mais feliz. E decidi que esses hábitos devem ser adquiridos um de cada vez, para que, por um lado, sejam fácies de ganhar e, por outro, sejam duradouros. Decidi e comecei o novo, e mais importante, desafio d'O Macaco de Imitação - 6 meses e 6 hábitos. Este é o segundo post desta série.
Tal como estes aprendizes, vou tentar melhorar a minha concentração para um nível superior. Foto de pixabay.com
30 dias de concentração
Os hábitos não são todos iguais. Há hábitos mais importantes, como por exemplo, fazer exercício físico. Ao fazê-lo regularmente, conseguimos facilmente adquirir outros hábitos, porque temos mais energia e motivação, mas também porque esse hábito combina bem com outros, tal como aprender a comer melhor.
Há também outro hábito muito importante - a concentração. Quem se concentra naquilo que faz - seja no trabalho, seja em projetos pessoais, ou até na conversa que tem com amigos enquanto bebe cerveja - tem mais sucesso, é mais tranquilo e é mais feliz. Por isso decidi fazer deste hábito o primeiro do desafio.
Há um mês defini um objetivo muito simples - eliminar as "visitas" às redes sociais e outros sites, principalmente, mas não exclusivamente, enquanto trabalho.
A deixa, a rotina e a recompensa
Como escrevi neste post, um hábito tem 3 partes: a deixa, a rotina e a recompensa. Para ganhar, ou, neste caso, eliminar um hábito, há que perceber todas essas partes.
Pesquisei sobre procrastinação (ou deixar para amanhã o que pode ser feito hoje), analisei o meu comportamento, e aquilo que queria eliminar. Percebi que visitar o Facebook, o YouTube, e os sites de notícias, enquanto devía estar concentrado noutra coisa, é uma fuga. É fugir de uma tarefa aborrecida, ou que está mal definida, e fazer algo que tem regras muito claras e que, por isso, é viciante.
Ciclo do hábito: deixa, rotina e recompensa. Imagem retirada do livro A Força do Hábito, de Charles Duhigg.
Percebi que a desconcentração, pelo menos no meu caso, é estimulada por 4 coisas:
Notificações do telemóvel.
Barra de marcadores do Chrome (ou de outro qualquer; não tenho nada contra a Google).
Não saber o que fazer a seguir.
Não saber como resolver o problema seguinte.
E depois percebi o quão fácil é resolver estes 4 pontos, e concentrar-me melhor em qualquer coisa. Foi isso que fiz de seguida.
As (pequenas) mudanças
De seguida apresento o que fiz para aumentar a minha concentração. A lista é tão simples (e tão óbvia) que não há razão para não ter feito isto há mais tempo.
Desliguei todas as notificações das aplicações do iPhone, exceto as do Messenger.
Ocultei a barra de marcadores do Chrome, para usá-la apenas quando precisava.
Defini, na maior parte das manhãs, o que devia ser feito ao longo do dia. Escrevi essas tarefas de maneira a não ter dúvidas do que tinha de fazer, e dividi-as várias vezes, com objetivos intermédios.
Não vi emails durante o dia, ou até acabar o que tinha para fazer. Como não recebo emails importantes, é uma perca de tempo estar a vê-los constantemente. Mas, estupidamente, era isso que fazia.
Quando quiz falar com alguém, usei a aplicação do Messengerpara PC. É melhor que o Facebook e não tem distrações.
Não deixei de ver o Facebook, Youtube, blogs e afins. Mas decidi ver esses sites apenas ao final do dia. Além disso, só fui a cada um desses uma única vez, para minimizar o surfing na net e ter tempo para fazer outras coisas.
Não tirar o telemóvel do bolso e ver as atualizações das apps quando estou com outras pessoas.
Resultados
Estas mudanças foram ridiculamente simples. A maior parte delas nem envolveu nenhum esforço. Foi, simplesmente, e apenas nas primeiras 2 semanas, fazer um esforço adicional para não ver certos sites até ao final do dia. E ter a consciência de que estar ao telemóvel, a ver o Facebook, enquanto estou com outras pessoas, é uma tristeza.
Não estava à espera que fosse tão fácil cumprir estes 30 dias e habituar-me a um novo ritmo. Mas foi. E agora, passado um mês, já não tenho tanta vontade de ir ao YouTube, ou tirar o telemóvel do bolso, ou ver notícias. Além de ter mais tempo, aproveito-o melhor.
Além disso, consegui diminuir o stress do dia à dia. Agora estou mais livre dos gostos, e do novo email que ainda não li, e das notícias que acontecem por todo o lado a toda a hora (e que, na maioria, não interessam), e da nova foto, do novo vídeo, do novo tweet. Agora que melhorei a minha concentração, ganhar os hábitos seguintes vai ser mais fácil. Em breve escrevo sobre o hábito #2 da série 6 meses e 6 hábitos. Vamos lá concluir este post. O hábito foi tão simples, e com resultados tão positivos, que nada mais tenho a acrescentar, com medo de estar a complicar o que não o é. Há que ver, ou experimentar, para crer.
Já estamos a meio de fevereiro. Ainda te lembras das resoluções de ano novo? Aquilo que prometeste fazer em 2016, enquanto comias as 12 passas e brindavas a mais um ano? Pois, eu também não. A verdade é que a maioria de nós prometeu começar novas dietas, fazer exercício todos os dias, começar a meditar, comer melhor, deixar de fumar, aprender a tocar guitarra e, até agora, nada. Porquê? A razão está na lei do tudo ou nada – ou fazemos tudo ao mesmo tempo, sem falhas, ou nem vale a pena. O momento em que falhamos - que por tantas resoluções e tão altos objetivos acaba inevitavelmente por acontecer - é o momento que nos esquecemos das passas. Queixamo-nos dos políticos, mas nós também prometemos que fazemos e não cumprimos. Mês após mês, ano após ano, vamos deixando coisas importantes para fazer. Dizemos que não temos tempo, não temos dinheiro e estamos cansado. Conseguimos quebrar este ciclo vicioso? Talvez. Mas antes de mais, temos de aprender a fazer uma coisa de cada vez.
Hábitos
Há uns meses atrás, desafiei-me a estar 30 dias a meditar, fazer exercício e escrever, todos os dias. Consegui cumprir este desafio na maior parte dos dias. Aprendi a ignorar a lei do tudo ou nada – se falhei um dia, por alguma razão, não deixei que isso me levasse a baixo e continuei o desafio como se nada fosse. Gostei desta experiência, e agora acredito que se queremos aproveitar melhor o nosso tempo e produzir mais profissionalmente, temos, em primeiro lugar, de ganhar certos hábitos chave que nos ajudem nesses objetivos.
Ciclo do hábito: deixa, rotina e recompensa. Imagem retirada do livro A Força do Hábito, de Charles Duhigg. Nos próximos posts, vou mostrar como utilizei este ciclo para "desenhar" os novos hábitos.
Porém, no final dos 30 dias, não consegui continuar a escrever, meditar e a fazer exercício. A razão, acredito eu, foi ter dividido a minha energia por tantas coisas. Energia essa necessária para que pudesse apreciar o que estava a fazer, e ter energia de sobra para fazer outras coisas. Com isso percebi que se for para ganhar novos hábitos, tenho de o fazer lentamente e um de cada vez.
Desafio 6 meses e 6 hábitos
Dito isto, e sabendo que as resoluções de novo ano não funcionam, defini o seguinte desafio:nos próximos 6 meses, vou (tentar) ganhar 6 novos hábitos, um de cada vez. E vou começar pelo hábito mais importante – melhorar a concentração. Aliás, já comecei esses 30 dias de desafio, e em breve publicarei algo sobre isso n’O Macaco de Imitação. Os hábitos seguintes ainda não estão todos decididos, mas sei que quero ganhar o hábito da meditação (de uma vez por todas) e fazer exercício regularmente (os mesmos hábitos que não consegui ganhar no meu último desafio). Vou fazer este desafio de forma gradual, sem pressas. Os hábitos de todos os meses vão ser pequenos e fáceis de ganhar isoladamente, mas com um potencial cumulativo enorme. Faço-o lentamente porque, sei agora, se apressar estas coisas, para o ano vou escrever a mesma lista de resoluções. E no final dos 6 meses, depois de ter inserido na minha rotina uma série de novos hábitos, vou estar mais preparado para fazer outras coisas, espero. Conhece a página do Facebook d'O Macaco de Imitação.
Ler é das melhores coisas que podemos fazer. É um investimento do tempo em aprender algo novo, em ganhar temas de conversa e em entender outras pessoas. De entre as muitas novidades de 2015, este foi um ano de muita leitura. Li vários blogs, como o WaitButWhy e o HighExistence, e li 42 livros. 42! Dobrei o meu recorde do ano passado. Fiz um trabalho árduo de seleção e apresento neste post os meus 5 livros favoritos deste ano. São aqueles que me transportaram para um mundo diferente, que me fizeram ver o mundo de outra maneira e me ensinaram mais do que poderia esperar. Se quiseres saber mais sobre os 42 livros que li este ano, segue para o meu perfil do Goodreads.
#1 – Ready Player One, Ernest Cline
Ready Player One acontece em 2044, num mundo já muito diferente do atual. Existem grandes problemas ambientais, há muita pobreza e, para fugir de tudo isto, as pessoas vivem ligadas num mundo virtual chamado OASIS. No início do livro, o criador deste mundo morre inesperadamente, e deixa toda a sua fortuna a quem conseguir encontrar um Easter Egg no OASIS. E mais não posso contar, não quero estragar a surpresa.
Ready Player One, Ernest Cline. Imagem retirada de goodreads.com
Este é um daqueles livros que, uma vez começados, não conseguímos largar. Se tivesse de escolher apenas um livro para ler este ano, seria o Ready Player One. Em termos de ficção científica, e na minha opinião, é melhor que outros grandes livros que li este ano, como o The Martiane o The Old Men’s War. Se quiseres ficar a conhecer os melhores livros de ficção científica (do século XXI), aconselho-te esta lista.
#2 - Sapiens: a brief history of humankind, Yuval Noah Harari
WOW!! Queres ler um livro sobre a história da humanidade? Este é o livro. Incrivelmente bem escrito, Sapiens aborda a história da humanidade desde a altura em que o nosso antepassado era um de muitos outros "macacos", passando pela revolução cognitiva, agrícola e industrial. Sabias que houve um tempo em que co-existiram 6 espécies de humanos no planeta? Ou que a revolução agrícola, embora seja o pilar do nosso crescimento, tornou-nos, muito provavelmente, pessoas mais infelizes?
Sapiens: a brief history of humankind, Yuval Noah Harari. Imagem retirada de amazon.com
Este é um livro que justifica o gosto pela leitura. Depois de ler Sapiens, qualquer leitor ganha uma nova perspectiva sobre a nossa espécie, sobre o seu efeito no planeta Terra e a nossa (má) influência sobre outros animais e plantas.
#3 – O Evangelho segundo Jesus Cristo, Saramago
Ao ler o Evangelho segundo Jesus Cristo, é fácil perceber a genialidade do prémio Nobel português. Não é só a história (com alguma ficção) sobre a vida de Jesus Cristo, mas a forma como Saramago a escreve, e todos os sentidos que podemos tirar das suas páginas.
O Evangelho segundo Jesus Cristo, Saramago. Imagem retirada de fnac.pt
Não consigo acrescentar mais nada sobre este livro. Há que ler para crer. É, à semelhança de outros livros de Saramago, uma obra de arte.
#4 – Learned Optimism, Martin E.P. Seligman
Este é um livro que fala sobre otimismo e pessimismo. Martin E.P Seligman, um dos "pais" da psicologia positiva, analisa a maneira como as pessoas pensam, e os efeitos que esses pensamentos têm nas suas ações e sucesso. Para saberes mais sobre este livro, segue este link para outro post n’O Macaco de Imitação. Aí analiso o Learned Optimism em detalhe, e também a ciência do otimismo e pessimismo.
Learned Optimism, Martin E.P. Seligman. Imagem retirada de goodreads.com
Aconselho vivamente a leitura de Learned Optimism. Foi o melhor livro de psicologia que li este ano, e talvez na vida toda. Se queres perceber a forma como pensas, se és pessimista ou otimista, e como podes melhorar a tua vida ao pensar de outra maneira, precisas de ler este livro.
#5 – The Year of Living Biblically, A.J. Jacobs
A. J. Jacobs decide, durante um ano, viver segundo todas as regras da bíblia. Este desafio leva-o a muitos locais nos EUA e a Jerusalém, conhecendo pessoas altamente religiosas. Ao longo desse ano, consegue tornar-se uma pessoa melhor, ao seguir regras como não mentir e agradecer por tudo na sua vida.
The Year of Living Biblically, A.J. Jacobs. Imagem retirada de goodreads.com
Este livro vem no seguimento do seu primeiro livro, The Know It All, em que A.J. desafia-se a ler a Encyclopædia Britannica (+- 30.000 páginas). Neste livro relata aquilo que vai aprendendo e como toda essa nova informação impacta a sua vida. Durante esse ano conhece também pessoas muito inteligentes e participa no Quem Quer Ser Milionário. Os livros de A. J. Jacobs são muito divertidos. Além disso, inspiraram-me a fazer os meus próprios desafios, tais como aprender piano em 20 horas, fazer exercício todos os dias durante um mês, e estar uma semana sem usar a internet. Nota final: Ler é das melhores maneiras de aprender coisas novas. Se não o fazes frequentemente, considera ler uns bons clássicos, ou livros de não-ficção sobre temas que aches interessante. Ou então lê algum destes 5 livros. Prometo-te que vais gostar e, em pouco tempo, vais ficar viciado na leitura.
No dia 16 de Novembro de 2015 tirei a máquina fotográfica da prateleira. Com a vontade de cumprir mais um desafio, e pelo gosto à astronomia, decidi fotografar todas as fases da Lua no próximo mês.
A Lua Cheia de 25 de Novembro de 2015.
Não foi uma tarefa fácil. A Lua nasce todos os dias mais tarde, e o céu, ao longo do mês, não esteve limpo todos os dias para tirar uma boa fotografia. Além disso, tirar foto à Lua nas fases próximas da Lua Nova é muito difícil, porque a Lua está muito perto do Sol. Ainda assim, e resumidamente, em 30 dias de desafio, consegui 19 fotos da Lua, e 17 delas foram em dias seguidos.
A lua demora cerca de 27,3 dias a dar a volta à Terra. Mas, durante esse período, a Terra também faz o seu movimento em volta do Sol. Por essa razão, a Lua tem de rodar um pouco mais que os 27 dias para apresentar a mesma fase à Terra - cerca de 29,5 dias. Esse ciclo pode ser visto na imagem acima, e o movimento "a mais" que a Lua tem de fazer em cada ciclo é apresentado a verde.
De seguida apresento as fotos que tirei no último mês. São de dias diferentes excepto para o dia 20 de Novembro.
Dia 19 de Novembro de 2015 - Quarto Crescente.
As próximas duas fotos são do dia 20 de Novembro de 2015. Aí vemos o movimento da Lua ao longo da noite e que eu, distraidamente, nunca tinha reparado:
Continuando com as fotos a partir de dia 21 de Novembro de 2015:
Dia 25 de Novembro de 2015 - Lua Cheia
Dia 3 de Dezembro de 2015 - Quarto Minguante
As fotos anteriores foram tiradas, sem interrupções, entre os dias 16 de Novembro e 3 de Dezembro de 2015. Porque o tempo começou a ficar nublado e, além disso, a Lua começou a ficar perto do Sol, só conseguir tirar mais 2 fotos depois das últimas 17. As próximas foram tiradas nos dias 5 e 15 de Dezembro de 2015:
Este não foi o meu primeiro, e talvez não seja o último, artigo sobre a Lua. Se quiseres saber, e para ti não for óbvio, por que é que a Lua Cheia só existe durante a noite, segue este link. Consulta aqui também o calendário Lunar para 2015 e 2016. PS: Este foi o artigo 50 d'O Macaco de Imitação! Artigos relacionados:
Adoro desafiar-me. Aprender qualquer coisa nova ou quebrar maus hábitos. Aprender a tocar piano, a fazer malabarismo e a meditar. Desafiar-me a estar uma semana sem usar a internet. Neste post mostro-te quais são as pessoas que me inspiram a experimentar coisas novas. No último mês li dois livros de A. J. Jacobs. No seu primeiro livro,The Know It All, A.J. desafiou-se a ler a Encyclopædia Britannica (+- 30.000 páginas). Neste relata aquilo que vai aprendendo e como toda essa nova informação impacta a sua vida. Durante esse ano, também conhece pessoas muito inteligentes, participa no Quem Quer Ser Milionário, e inscreve-se nos savant - um grupo composto por pessoas com QI elevado. Depois de ler este livro, qualquer um fica com vontade de fazer algo em grande.
Depois temos o livro Um Ano de Vida Bíblica. Nesse ano, A. J. Jacobs vive segundo as regras da bíblia. Este desafio leva-o a muitos locais nos EUA e a Jerusalém, conhecendo pessoas altamente religiosas. Ao longo desse ano, consegue tornar-se uma pessoa melhor porque acaba por seguir regras como não mentir e agradecer por tudo na sua vida. Além de inspiradores, os livros de A. J. Jacobs são muito divertidos.
A. J. Jacobs. Foto tirada depois de um ano a viver segundo a bíblia. Referência: http://ajjacobs.com/
Também já escrevi, n'O Macaco de Imitação, sobre Josh Kaufman e Tim Ferriss. O primeiro tem um livro excelente onde explica como aprendeu a tocar ukelele, a fazer windsurf e a jogar Go em tempo recorde. Nesse livro, Josh explica como acelerar a aprendizagem de algo novo. Há uns meses fiz um resumo dessas dicas.
Tim Ferriss, o meu primeiro ídolo neste campo, tem grandes livros sobre gestão de tempo, aprender a cozinhar e ter uma vida saudável. Além disso, tem uma série recente no qual se desafia, semanalmente, a aprender Poker, Surf, entre outros.
Ao experimentar coisas novas percebemos aquilo que é importante na nossa vida e vemos o mundo segundo outras perspectivas. Percebemos melhor as outras pessoas e tornamo-nos mais pacientes. Alargamos a nossa zona de conforto e preparamo-nos para o que der e vier. E o mais engraçado é que quanto mais aprendemos, mais depressa conseguimos evoluir numa coisa nova. Não começamos do zero porque há muitos temas comuns entre as coisas que aprendemos. No futuro tenciono começar outros projetos. Pretendo fazer cerveja, aprender a falar francês e praticar yoga. Quero ver as 7 maravilhas do mundo e viajar por 100 países diferentes. Quero ler sobre tudo. Quero desafiar-me todos os dias e continuar a crescer.
E tu? Que desafios gostarias de "agarrar"? Que coisas queres aprender? Convido-te a comentar e a partilhar abaixo esses projetos.
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