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Macaco Experimentar

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21 dias a “fazer mais e pensar menos” (hábito #2) - 6 meses e 6 hábitos

Todos deixamos coisas por fazer, mais ou menosimportantes. E guardamos na cabeça uma série de tarefas que queremos cumprirdurante o dia, esta semana, ou este mês. Mas, se funcionares como eu, guardar esses pensamentos na cabeça é a mesma coisa que adiar essas tarefaspara nunca.

E por isso é que temos aquela lâmpada nacozinha que nunca mais é substituída. Ou, pior ainda, faltamos a compromissoscom outras pessoas. Dizemos que "sim, vou fazer, não te preocupes", e as pessoas ficam à espera eternamente.

O cérebro de alguém do não-procrastinador. Imagem retirada do meu blog favorito, Wait But Why.
Há dois meses comecei um grande desafio - 6 meses de mudança de hábitos com o objetivo de reduzir a ansiedade e fazer mais daquilo que é importante. No primeiro mês experimentei um aumento de concentração, eliminando a minha dependência das redes sociais e outras distrações.

Em Março decidi começar a "fazer mais e pensar menos", ou seja, deixar de pensar tanto naquilo que tenho e quero fazer, e garantir que, se essas coisas são importantes, vão ser feitas.

Sem mais demoras, mostro de seguida como encarei este desafio.

Os meus 4 passos para "fazer mais e pensar menos"

1) Criei uma nota no iPhone intitulada "Stuff" (cenas).


2) Durante o dia preencho essa nota com pensamentos há medida que estes vão surgindo, sobre:
  • tarefas que tenho para fazer, grandes ou pequenas.
  • compromissos.
  • ideias ou pensamentos soltos.
  • pensamentos negativos (em baixo explico melhor o porquê deste último ponto).
3) Defini 4 lembretes (para as 12h, 16h, 19h, 23h) para me lembrar que devo apontar os pensamentos nessa nota. Estes lembretes servem apenas até o hábito estar formado (+- 21 dias), depois podem ser eliminados.

4) No final do dia, vou a essa nota e decido o que fazer com cada apontamento:
  • São tarefas com data específica?Então fazer um lembrete no telemóvel.
  • Posso resolver a tarefa, em pouco tempo, neste momento? Se sim, então fazer de seguida (em bom rigor, tarefas que possam ser resolvidas em 2 ou 3 minutos devem ser logo resolvidas e nunca passar para esta nota).
  • Não é uma tarefa importante? Colocar numa nota a que chamo "merdices para resolver". Num qualquer dia em que não tenha nada de importante para fazer, como um domingo à tarde, voltar a esta nota e tratar de algumas destas tarefas. Uma típica tarefa desta categoria é "lavar o carro" - sim, deve ser feito, mas não é "importante" nem tem de ser resolvida com urgência.
  • São ideias ou pensamentos soltos? Consigo transformá-las em tarefas? São mais ou menos importantes? Se for uma ideia de projeto, colocar numa qualquer nota de pensamentos soltos. Sugiro o uso do Evernote para apontar as "merdices para resolver" ou os "pensamentos ou ideas soltas".
  • São pensamentos negativos? A preocupação é real? Vê o assunto de outra perspectiva ou fala com alguém sobre esse assunto.
  • Apagar se não fizer algum sentido.

O objetivo deste processo simples é deixar de ter coisas na cabeça - desde tarefas que têm de ser resolvidas, a pensamentos negativos aos quais não devemos ligar logo que apareçam na cabeça. 

No caso dos pensamentos negativos, o simples facto de adiar essa "conversa" para mais tarde, faz com que as preocupações percam importância. Porque ao analisá-las melhor, percebemos que, na maioria das vezes, essas preocupações não tinham razão de ser. Esta é uma das grandes vantagem de ir apontando os pensamentos e tarefas ao longo do dia, e só revê-los no final do dia.

Este hábito (ou um qualquer parecido que tenha o mesmo objetivo) é um hábito-chave, porque te ajuda a criar outras boas rotinas. Se libertas a cabeça de pensamentos e passas por eles apenas ao final do dia, garantes que passas o dia mais concentrado, menos ansioso e que cumpres aquilo que queres fazer.

Esta rotina ajudou-me muito, principalmente porque a minha memória é fraca e também porque costumo preocupar-me desnecessariamente. Se achas que podias beneficiar deste simples hábito, então porque não experimentas? Fico à espera dos teus comentários abaixo.

Até ao próximo hábito!

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30 dias de concentração (hábito #1) - 6 meses e 6 hábitos

Está visto que as resoluções de novo ano não resultam. Dizemos que desta vez é que é, e que vamos começar a comer bem e a fazer exercício todos os dias e, passados dois meses, nada.

Pensei um pouco sobre isso e decidi que, para fazer mudanças, tenho de apostar em hábitos - passar a fazer certas coisas importantes, regularmente, para conseguir fazer mais e/ou melhor e ser mais feliz. E decidi que esses hábitos devem ser adquiridos um de cada vez, para que, por um lado, sejam fácies de ganhar e, por outro, sejam duradouros. Decidi e comecei o novo, e mais importante, desafio d'O Macaco de Imitação - 6 meses e 6 hábitos. Este é o segundo post desta série.

Tal como estes aprendizes, vou tentar melhorar a minha concentração para um nível superior. Foto de pixabay.com

30 dias de concentração

Os hábitos não são todos iguais. Há hábitos mais importantes, como por exemplo, fazer exercício físico. Ao fazê-lo regularmente, conseguimos facilmente adquirir outros hábitos, porque temos mais energia e motivação, mas também porque esse hábito combina bem com outros, tal como aprender a comer melhor. 

Há também outro hábito muito importante - a concentração. Quem se concentra naquilo que faz - seja no trabalho, seja em projetos pessoais, ou até na conversa que tem com amigos enquanto bebe cerveja - tem mais sucesso, é mais tranquilo e é mais feliz. Por isso decidi fazer deste hábito o primeiro do desafio.

Há um mês defini um objetivo muito simples - eliminar as "visitas" às redes sociais e outros sites, principalmente, mas não exclusivamente, enquanto trabalho.

A deixa, a rotina e a recompensa

Como escrevi neste post, um hábito tem 3 partes: a deixa, a rotina e a recompensa. Para ganhar, ou, neste caso, eliminar um hábito, há que perceber todas essas partes.

Pesquisei sobre procrastinação (ou deixar para amanhã o que pode ser feito hoje), analisei o meu comportamento, e aquilo que queria eliminar. Percebi que visitar o Facebook, o YouTube, e os sites de notícias, enquanto devía estar concentrado noutra coisa, é uma fuga. É fugir de uma tarefa aborrecida, ou que está mal definida, e fazer algo que tem regras muito claras e que, por isso, é viciante.

Ciclo do hábito: deixa, rotina e recompensa. Imagem retirada do livro A Força do Hábito, de Charles Duhigg.
Percebi que a desconcentração, pelo menos no meu caso, é estimulada por 4 coisas:
  1. Notificações do telemóvel.
  2. Barra de marcadores do Chrome (ou de outro qualquer; não tenho nada contra a Google).
  3. Não saber o que fazer a seguir.
  4. Não saber como resolver o problema seguinte.
E depois percebi o quão fácil é resolver estes 4 pontos, e concentrar-me melhor em qualquer coisa. Foi isso que fiz de seguida.

As (pequenas) mudanças

De seguida apresento o que fiz para aumentar a minha concentração. A lista é tão simples (e tão óbvia) que não há razão para não ter feito isto há mais tempo.
  1. Desliguei todas as notificações das aplicações do iPhone, exceto as do Messenger.
  2. Ocultei a barra de marcadores do Chrome, para usá-la apenas quando precisava.
  3. Defini, na maior parte das manhãs, o que devia ser feito ao longo do dia. Escrevi essas tarefas de maneira a não ter dúvidas do que tinha de fazer, e dividi-as várias vezes, com objetivos intermédios.
  4. Não vi emails durante o dia, ou até acabar o que tinha para fazer. Como não recebo emails importantes, é uma perca de tempo estar a vê-los constantemente. Mas, estupidamente, era isso que fazia.
  5. Quando quiz falar com alguém, usei a aplicação do Messenger para PC. É melhor que o Facebook e não tem distrações.
  6. Usei a extensão do Chrome, Facebook News Feed Eradicator.
  7. Não deixei de ver o Facebook, Youtube, blogs e afins. Mas decidi ver esses sites apenas ao final do dia. Além disso, só fui a cada um desses uma única vez, para minimizar o surfing na net e ter tempo para fazer outras coisas.
  8. Não tirar o telemóvel do bolso e ver as atualizações das apps quando estou com outras pessoas.

Resultados

Estas mudanças foram ridiculamente simples. A maior parte delas nem envolveu nenhum esforço. Foi, simplesmente, e apenas nas primeiras 2 semanas, fazer um esforço adicional para não ver certos sites até ao final do dia. E ter a consciência de que estar ao telemóvel, a ver o Facebook, enquanto estou com outras pessoas, é uma tristeza.

Não estava à espera que fosse tão fácil cumprir estes 30 dias e habituar-me a um novo ritmo. Mas foi. E agora, passado um mês, já não tenho tanta vontade de ir ao YouTube, ou tirar o telemóvel do bolso, ou ver notícias. Além de ter mais tempo, aproveito-o melhor. 

Além disso, consegui diminuir o stress do dia à dia. Agora estou mais livre dos gostos, e do novo email que ainda não li, e das notícias que acontecem por todo o lado a toda a hora (e que, na maioria, não interessam), e da nova foto, do novo vídeo, do novo tweet.

Agora que melhorei a minha concentração, ganhar os hábitos seguintes vai ser mais fácil. Em breve escrevo sobre o hábito #2 da série 6 meses e 6 hábitos.

Vamos lá concluir este post. O hábito foi tão simples, e com resultados tão positivos, que nada mais tenho a acrescentar, com medo de estar a complicar o que não o é. Há que ver, ou experimentar, para crer.

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Aumentar a concentração para melhorar a produtividade

Sou obcecado por produtividade, admito-o. E procuro hámuitos anos a técnica perfeita para ser um exemplo de eficácia (fazer) eeficiência (fazer rápido). Mas por muito que leia sobre produtividade em blogs elivros, fico com a impressão que não há uma só técnica que funcione para todos. Antes,encontro áreas que têm de ser resolvidas para atingir o topo deprodutividade, tais como a organização do tempo e da informação, trabalhar eficientemente com a regra 80/20, e manter elevados níveis de concentração.Neste artigo exploro o último destes pontos.

Quando iniciamos uma tarefa, precisamos de algum tempo para atingir a concentração máxima. Portanto, se não temos controlosobre nós mesmos, ou se somos interrompidos a meio do nosso trabalho por outraspessoas, estamos constantemente a trabalhar abaixo do nosso potencial. Manter aconcentração naquilo que estamos a fazer, seja no trabalho ou num projetopessoal, é muito importante para cumprir os objetivos pessoais bem e rápido. 

De seguida mostro como resolvi (ou tento resolver) o problema de aumentar aconcentração em qualquer tarefa. Não estou à espera que estatécnica resulte para todos os leitores, tal como li e experimentei muitastécnicas que depois não continuei a praticar porque, para mim, não mostravam resultados.

Aumentar a concentração

Eu trabalho sozinho e, por isso, raramente sou interrompidopor alguém. Para mim, o desafio da concentração passa pelo controlo pessoal. Masnão é por isso que o desafio é mais fácil. Bem sei pela meditação que não fazer nada, ou não pensar em nada, é muito difícil.

Antes de fazer qualquer coisa para aumentar a concentração,sentia facilmente vontade de ver as atualizações do Facebook ou doYoutube, mesmo sabendo que isso não era mais importante que a tarefa atual. Aliás, só iria interromper o meu trabalho. Perdia muito tempo a vertodas as redes sociais, ou as notícias, e não conseguia manter por muito tempoa concentração que queria. Apesar do trabalho aparecer feito, demorava maistempo do que o necessário. Decidi então fazer algo muito simples para resolver este problema

O "método"

Se o problema são as redes sociais e todos os sites quevisito durante o dia, e que não devia utilizar, então a solução é simples – nãoutilizar esses sites durante o período de trabalho. E foi isso que eu fiz.E para manter a cabeça livre durante todo o dia, não utilizo esses sitesaté todo o trabalho do dia estar finalizado, nem mesmo em períodos de descanso (descansar não é navegar no Facebook ou ver as notícias). Só precisei de fazer duas coisas:

1. Defini todas as aplicações do telemóvel que não deviam ser usadas durante o dia. Estas incluem oFacebook, o Instagram, o YouTube, aplicações de feed de notícias e blogs,o Pocket,o email (pelo menos para mim, não há assuntos urgentes que cheguem por email), oLinkedIn e o Goodreads. Coloquei todas estas aplicações numa pasta a "Não utilizar" no iPhone.


2. Repeti este processo no computador, e coloqueitodos os sites - que não deviam ser visitados durante até ao final do dia - numa pasta nos favoritos. E porque no final do dia quero visitar estes sites, coloquei a lista por ordem dessa leitura. Com esta organização garanto que no final do dia vou ver tudo o que preciso ou quero.

Pasta "Não Utilizar" definida nos favoritos do Chrome. Os sites aparecem pela ordem com que os irei ler no final do dia.

O hábito

Durante o dia faço tarefas, tanto profissionais como pessoais, sem mepreocupar com as atualizações das redes sociais, emails e notícias. E,surpreendentemente, não é um hábito difícil de manter. Uma vez feitas estas alterações ao meu dia, consegui mantera cabeça mais leve e estar mais tranquilo durante todo o dia. Comecei atrabalhar melhor e mais rápido. Foi também isso que senti quando estive uma semana sem usar a internet. Sem redes sociais e notícias a atrapalhar, conseguimos estar muito maisconcentrados durante todo o dia.

No final do dia de trabalho, passo então por todos osmarcadores dos favoritos e vejo as atualizações dos blogs que sigo,vejo os novos vídeos das minhas subscrições no youtube,e vou a todas as outras aplicações.

Nota final

Este é um método muito simples, mas que resulta para o tipode trabalho que eu tenho. Naturalmente, ao não utilizar estes sites,foco-me no trabalho e não preciso de outras técnicas para fazer as coisasque tenho para fazer. Mas, admito-o, tenho a particularidade de trabalharsozinho e raramente ser interrompido por outras pessoas. Por isso, se estiveresnuma situação diferente, poderás ter de arranjar um método para manter aspessoas longe de ti, de forma a conseguires chegar ao final do dia com tudo feito.

Além de ver as atualizações destes sites apenas ao final do dia,tento passar só uma vez por cada um deles. Esse é um método eficiente e organizado de ver tudo aquilo que eu quero. 

E não só aplico esta técnica para tarefas profissionais,como para projetos pessoais, tais como escrever este artigo. Até mesmo quando estou no café com amigos, deixo de pensar nas redes sociais e evito tirar otelemóvel do bolso, porque agora sei que a minha passagem por todos esses sitesestá concentrada numa altura específica do dia. Com esta organização, consigoaproveitar melhor os vários momentos do meu dia.

Neste artigo falei apenas sobre uma parte da produtividade – aconcentração. Este é, seguramente, um ponto fundamental a dominar para ser maisprodutivo. Mas não é o único. Num próximo artigo exploro as outras faces da produtividade.

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